Um terreno com vista belíssima para o lago Paranoá e o desejo de uma casa térrea e integrada foi o que um casal brasiliense entregou nas mãos do escritório Valéria Gontijo + Arquitetos .
A base principal do projeto foi a taipa — material vernacular de barro —, que tornou a casa sustentável e com baixo impacto ambiental, além de proporcionar conforto térmico e acústico, perfeito para o clima brasileiro.
Inicialmente, os clientes queriam muito concreto e travertino (rocha calcária utilizada em revestimentos de paredes e detalhes ornamentais), mas a vontade de explorar novos materiais fez com que a equipe conseguisse convencer os futuros moradores dos benefícios que a taipa poderia trazer ao ambiente.
“ Nas minhas pesquisas eu estava muito interessada em processos de construção vernaculares. Quando mostramos para os clientes a ideia de fazer em taipa eles compraram na hora. E muito porque eles não queriam os códigos usuais de uma casa familiar do bairro. Então, tudo casou para uma solução mais rústica, mas dentro do nosso repertório ”, conta Valéria.
O resultado final foi uma casa completamente integrada, com muita madeira, deixando os ambientes bem aconchegantes, com mobiliário contemporâneo e mid-century , além de coleção de arte. Destaque para piso de granito mais rústico, que contribuiu para experiências sensoriais que a casa oferece.
Execução
A arquiteta conta que o casal queria ter a possibilidade de usar tudo dentro da casa de forma integrada, mas ao mesmo tempo queria privacidade nas áreas íntimas. Objetivo alcançado com sucesso. O projeto de casa foi feito em ‘L’, em uma planta pequena, uma das menores feitas pelo escritório.
Por ser de barro, a construção com a taipa pediu alguns cuidados, por exemplo evitar que a base encostasse no chão para que a umidade não subisse para a base, mas nada que fosse um grande desafio comparado ao conforto e clima especial que o espaço ganhou. De acordo com Valéria, “os materiais dialogam com os interiores e criam uma percepção nova”.
“ Acho que é uma das menores casas que já fizemos, e ao mesmo tempo muito completa e funcional. É legal quando a gente joga junto com o cliente. O sucesso de um projeto tem muito a ver com essa relação de confiança e liberdade ”, ressalta.
A casa está localizada em uma chácara no Lago Sul em Brasília, onde foi feito um condomínio familiar com outras quatro residências também projetadas pelo escritório para a mesma família.
Arquitetura vernacular
O estilo que utiliza materiais e técnicas locais torna os projetos interessantes porque tudo é bem adaptado ao clima e cultura de cada região. “ É como aquelas casas de barro em áreas secas ou de madeira em regiões cheias de florestas. Tudo é pensado para funcionar bem naquele lugar específico “, explica Valéria.
Mas se engana quem pensa que não há tecnologia por traz dessa construção. Para o projeto da Casa Taipa, o escritório utilizou muitos recursos tecnológicos e materiais que permitem desenhos minimalistas e eficientes, tudo isso misturado à arquitetura vernacular.
“ No fim, a gente acaba pegando o melhor dos dois mundos. Dá para usar tecnologia para melhorar as técnicas antigas, deixando tudo mais eficiente e adaptado às necessidades de hoje. O resultado são construções originais, sustentáveis e que fazem sentido tanto culturalmente quanto economicamente “, comenta.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.