O Congresso recebe de hoje até quinta-feira (12) iluminação amarela pelo Dia Mundial do Prevenção ao Suicídio (10 de setembro). As ações em torno da data fazem parte do Setembro Amarelo — campanha anual de prevenção ao suicídio — que, no Brasil , é coordenada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Conselho Federal de Medicina ( CFM ). O tema deste ano é “Se precisar, peça ajuda!”. A iluminação foi solicitada pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN)
O suicídio é um problema de saúde pública, com impactos sociais importantes. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar episódios subnotificados, o que provavelmente aumentaria esse número para algo em torno de um milhão.
No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos ao ano, cerca de 38 casos diários. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte, depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que afeta indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Embora mundialmente os números estejam diminuindo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar. Sabe-se que praticamente 100% dos casos de suicídio estão relacionados a doenças mentais, principalmente as não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Ou seja, a maioria poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso a tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.
De acordo com a ABP e o CFM, se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra o problema. Os organizadores da campanha ressaltam que é importante saber identificar se uma pessoa está pensando em se matar e oferecer ajuda, não só através de uma escuta ativa, empática e sem julgamentos; mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que saberá manejar a situação e salvá-la.