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Agronegócio

Conab faz a primeira revisão da projeção de safra de soja de 2024

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As projeções iniciais otimistas para a safra brasileira de soja em 2023/24 foram revisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no 4º Levantamento da Safra de Grãos – o primeiro de 2024. A previsão inicial de 162 milhões de toneladas foi ajustada pra baixo, devido a uma quebra de 4,2%, indicando que o país deve produzir cerca de 155,27 milhões de toneladas.

Mesmo com essa redução, a Conab expressa uma expectativa de aumento na colheita de 0,4%, comparada ao ciclo anterior de 2022/23, que registrou 154,61 milhões de toneladas. A entidade aponta que condições climáticas desfavoráveis, caracterizadas por chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas, tiveram impacto negativo tanto no plantio quanto no desenvolvimento das lavouras.

O relatório de janeiro destaca que a área semeada com soja nesta safra é de 45,259 milhões de hectares, representando um aumento de 2,7% em relação ao ciclo anterior. No entanto, a Conab ajustou suas estimativas entre dezembro e janeiro, reduzindo em 0,1% a área plantada, que anteriormente estava em 45,309 milhões de hectares.

De acordo com a Conab, as condições climáticas adversas foram determinantes para alguns produtores migrarem para outras culturas, contribuindo para a redução da área em relação ao levantamento divulgado no final do ano passado.

Quanto à produtividade, a Conab realizou cortes de 3% entre os informes de dezembro e janeiro, reduzindo de 3.535 kg/ha (58,9 sacas) para 3.431 kg/ha (57,1 sacas). Esses ajustes refletem os desafios enfrentados pelos agricultores diante das condições climáticas imprevisíveis, destacando a complexidade da produção agrícola e os obstáculos enfrentados pelos setores envolvidos.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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