O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP), recebeu elogios de deputados do União Brasil, mas também levou críticas. O encontro aconteceu nesta semana para se discutir o alinhamento da sigla com o governo federal. O responsável pela articulação do Planalto deu algumas garantias que agradaram a bancada da legenda, porém, o tom usado em certos temas não foi bem digerido.
Os elogios aconteceram pela simpatia e naturalidade apresentadas por Padilha, o que não vinha ocorrendo durante os seis primeiros meses de mandato. Quem participou da reunião, afirmou que o ministro estava à vontade, falante e muito mais aberto ao diálogo do que em outras oportunidades.
O petista chegou a dizer que a mudança de postura era uma resposta aos pedidos feitos pela Câmara. Ele admitiu ter iniciado o mandato na defensiva, mas agora entendeu que não há necessidade de ser um “muro” entre o Congresso e o Planalto, porque sua função é ser “uma ponte”.
O ministro contou que, a partir de agora, estará mais aberto a sugestões e “pedirá dicas para Fernando Haddad”. O chefe da Fazenda é usado pelos parlamentares como exemplo de como o Palácio do Planalto deve agir com o Congresso Nacional.
As críticas a Padilha
Apesar dos elogios, o ministro também foi criticado. Em alguns momentos, os deputados sentiram “pouco caso” de Padilha em determinados assuntos. Um deles foi em relação ao programa de incentivo aos carros populares.
Parlamentares disseram que o governo precisa encontrar mecanismos para que o projeto seja prorrogado mais tempo. O ministro chegou a dizer que “tal assunto era de responsabilidade da Fazenda e da vice-presidência”.
Outro ponto ignorado por Padilha foi em relação ao Ministério da Saúde. Quando deputados tentaram falar sobre o tema, ele declarou que a pasta não é assunto para discussão.