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MATO GROSSO

Comitiva irá propor roteiro turístico ligando deserto do Atacama ao Pantanal

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Uma comitiva de Mato Grosso seguiu nesta quarta-feira (02) para o Chile a fim de participar de uma série de reuniões da Zona de Integração do Centro Oeste Sul-Americano (Zicosur). O grupo, formado por representantes do Governo do Estado, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), vai discutir com o setor empresarial e público dos seis países (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai e Peru) que integram a Zicosur, quais as ações que o bloco pode adotar conjuntamente nas áreas de turismo e infraestrutura. Entre as sugestões que serão apresentadas pela comitiva do Estado durante a reunião na Zona de Integração, está a criação de um roteiro turístico interligando o deserto de Atacama, no Chile, ao Pantanal.

De acordo com a assessora de Assuntos Internacionais do Gabinete de Governo, Ariana Guedes de Oliveira, a ideia de elaborar um trajeto que una o deserto mais seco e mais alto do planeta com a maior planície inundável do mundo surgiu por parte do governo chileno, que está ajudando a divulgar essa possibilidade de turismo. “Tanto nós quanto o Governo de Mato Grosso do Sul abraçamos essa causa e vamos encabeçar esse tema já no primeiro dia de reunião, que começa nessa quinta-feira”, explica a assessora.

Outra ação que será defendida pelo grupo mato-grossense ao Zicosur está o de pavimentar 300 quilômetros de estrada de terra, no trecho que liga Cáceres à cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra. Para essa pavimentação em solo da Bolívia é estimado o custo de R$ 400 milhões. “Com o asfaltamento desse trecho Mato Grosso passa a contar com uma importante rota de escoamento da sua produção pelo oceano pacífico, utilizando os portos do Chile e do Peru”, acrescenta Ariana.

No dia 4 de dezembro, o grupo de Mato Grosso participará de um encontro de negócios com empresários da Ásia, em sua maioria da China e Vietnã. Na oportunidade, as potencialidades econômicas de Mato Grosso serão apresentadas com o propósito de atrair investidores do mercado asiático e dos países que fazem parte do Zicosur.

A Feira Internacional de Turismo do Pantanal-FIP/2016, marcada para abril do ano que vem em Cuiabá, também será divulgada durante a reunião do Zona de Integração do Centro Oeste Sul-Americano. “Mato Grosso até ano passado não tinha uma política de governo de realizar anualmente eventos internacionais. Nós estamos tratando de mudar isso, porque entendemos que em tempos de crise como a que o País está vivendo, a saída é atrair o olhar do mundo ao que nós temos para oferecer”, comenta a assessora de Assuntos Internacionais do Gabinete de Governo.

Além do Chile, Mato Grosso participou de eventos internacionais nos países como China, Estados Unidos, Espanha, Bolívia, e nesta semana na França, onde o governador Pedro Taques participa da Conferência do Clima (COP 21), aberta na última segunda-feira, em Paris.

A comitiva de Mato Grosso ao Chile é formada também pelo secretário de Articulação e Desenvolvimento Regional, Eduardo Moura, o professor da UFMT, Luiz Miguel de Miranda, os representante André Schelini, do Sebrae, e Serafim Melo, da Fiemt.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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