Israel é responsável por crimes contra a humanidade em Gaza, em particular “extermínio”, acusou nesta quarta-feira (12) uma comissão de investigação da ONU, que acusou também as autoridades israelitas e os grupos armados palestinianos de cometerem crimes de guerra desde 7 de outubro.
A comissão concluiu num relatório que Israel cometeu “crimes contra a humanidade de extermínio; assassinato; perseguição de gênero contra homens e rapazes palestinianos; transferências “violência forçada, atos de tortura e tratamento desumano e cruel”.
O embaixador israelense nas instituições da ONU em Genebra, Meirav Shahar, acusou esta comissão de “discriminação sistemática” contra o Estado Judeu. Este órgão “demonstrou mais uma vez que a sua ação está toda ao serviço de uma agenda política focada contra Israel”, disse o diplomata em comunicado.
Ao contrário do genocídio, os crimes contra a humanidade não têm necessariamente de ser dirigido a um determinado grupo populacional, mas pode ser dirigido contra qualquer população civil, de acordo com a ONU. No entanto, devem ser cometidos como parte de ataques em grande escala, ao contrário dos crimes de guerra que podem ser atos isolados.
De acordo com investigadores da ONU, Israel e sete “grupos armados palestinos”, incluindo o Hamas cometeram “crimes de guerra”.
“É imperativo que todos aqueles que cometeram crimes sejam responsabilizados”, declarou o presidente desta comissão, o sul-africano Navi Pillay, num comunicado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.