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MIRASSOL

Combate ao crime organizado encerra ano com 165 prisões e 171 toneladas de cargas apreendidas

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A repressão e o combate ao crime organizado realizados pela Polícia Civil em Mato Grosso resultaram em 165 prisões e centenas de produtos apreendidos, entre janeiro e dezembro do ano passado. Entre as apreensões têm destaque as 19 toneladas de defensivos agrícolas, nove toneladas de entorpecentes e três toneladas de explosivos, fruto do trabalho realizado, ao longo do ano de 2021, em diversas operações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

As investigações sobre crimes como extorsão mediante sequestro, roubo e furto a banco e caixas eletrônicos, roubo de cargas e de defensivos agrícolas e contra o crime organizado tiveram ainda como resultado a apreensão de 77 veículos, 33 armas de fogo.

O delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira pontua ainda que o trabalho da unidade policial teve como reflexo a descapitalização de organizações criminosas, com o bloqueio de R$ 12 milhões de contas bancárias de investigados, a apreensão R$ 616 mil em espécie e o sequestro judicial de um imóvel avaliado em R$ 500 mil.

“Todo esse material apreendido ou bloqueado e as prisões realizadas são resultado de trabalhos ordinários e também das quatro principais operações realizadas ao longo do ano pela GCCO, como a Safra, Resarcire, Volantes e Bereu”, explica o delegado ao se referir, entre elas, à operação que prendeu a maior parte do grupo criminoso envolvido no assalto a agências de cooperativas de crédito no norte do estado.

Novo Cangaço

Uma das investigações de destaque na unidade, a Operação Volantes culminou com o indiciamento de 13 criminosos pelo assalto ocorrido em 4 de junho a duas agências de cooperativas de crédito em Nova Bandeirantes. O crime, ocorrido na modalidade conhecida como ‘novo cangaço’, teve o envolvimento identificado de 22 criminosos, sendo que destes, 9 morreram em confronto com equipes da Polícia Militar, durante as buscas em áreas de mata da região. Outros 9 tiveram as prisões decretadas, sendo cinco presos pela Polícia Civil durante a operação.

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A investigação conduzida pela GCCO apurou que o esconderijo dos assaltantes foi montado a 46 km da cidade de Nova Bandeirantes e eles tentaram confundir os policiais, roubando veículos e queimando em um ponto diferente.  A maioria da quadrilha veio do Nordeste e contou com apoio de um empresário de Mato Groso, que fazia parte do grupo responsável pelo resgate. Eles chegaram no início do mês de maio em Alta Floresta, local que serviu de base para a prática do crime.

Roubo de cargas

A Gerência de Combate ao Crime Organizado tem como um dos pilares a investigação de roubo e furto de cargas, um das atribuições recentes anexadas ao trabalho da unidade. As apurações desse tipo de crime realizadas durante o ano passado tiveram como resultado a apreensão de três toneladas de explosivos e 140 toneladas de cargas diversas.

A carga de explosivos e acessórios iniciadores foi apreendida após a GCCO receber informações sobre o transporte do material transportado para a região norte do estado. O caminhão bitrem foi identificado e a abordagem realizada em Peixoto de Azevedo, onde estavam os explosivos sem documentação legal escondidos sob uma carga de soja. As investigações apontaram indícios de que o material seria utilizado na prática de roubos a instituições financeiras e de transporte de valores, bem como em garimpos clandestinos das regiões centro e norte do país.

“Através dessa aproximação com as delegacias do interior de Mato Grosso e até mesmo de outros estados, em que é dado apoio as ações operacionais e de inteligência, é possível a troca de informações que possibilitam trabalhar de forma conjunta na organização de algumas ações, garantindo maior eficácia do trabalho investigativo”, explicou.

Em outra ação, realizada em parceria entre a GCCO e a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis, foram apreendidas 85 toneladas de soja desviadas, avaliadas em R$ 300 mil. As diligências resultaram ainda na apreensão de um trator, uma motocicleta e uma caminhonete, utilizados na atividade ilícita e na prisão em flagrante de um integrante de associação criminosa envolvida em desvios de cargas no estado de Mato Grosso. O caminhão que transportava os grãos passou a ser monitorado após informações de que a carga seria levada para um galpão no distrito industrial de Rondonópolis, de onde seria desviada do seu destino.

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“O nosso trabalho também contou com a parceria de outras delegacias, principalmente do interior do estado, bem como com outras instituições da segurança pública. Esses trabalhos integrados, aliados à inteligência policial, são fundamentais para o enfrentamento das organizações criminosas”, finaliza o titular da GCCO.

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MIRASSOL

Represas seca e moradores ficam sem água na cidade de Mirassol D’oeste, MT

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O município de Mirassol D’oeste, localizado a cerca de 300 km de Cuiabá, enfrenta uma grave crise hídrica devido à seca das represas e córregos do Município, principal fonte de abastecimento de água da cidade. A longa estiagem que assola a região fez o rios e represas secar, complicando a situação para os moradores

Os moradores da cidade tem reclamado a mais de quatro semanas da falta de água da região. De acordo com moradores, a Saemi serviço autônomo de agua responsável pela distribuição de água montou um cronograma de distribuição de água, mas segundo os moradores ele não tem sido cumprido e a distribuição de água nas casas não tem acontecido em alguns bairros. A moradora da região Pé da serra afirmou que a situação está muito complicada, pois a água não está chegando nos últimos três dias ja não temos agua nos reservatórios outros bairros como Boa vista, interlagos , Morumbi Jardim das flores 3 relatam mesmo problema. Estamos numa situação precária, sem água para tomar banho ou até mesmo beber. Além da escassez, os moradores relatam que a água, quando disponível, tem chegado suja tornando-a imprópria para o consumo.

Em um áudio divulgado recentemente, o prefeito Hector Alvarez Bezerra compartilhou detalhes sobre a crise e destacou que a falta de água não é um problema exclusivo de Mirassol d’Oeste, mas um reflexo de uma escassez global que também atinge municípios vizinhos. Segundo ele, o consumo excessivo de água pela população local durante períodos de seca tem exacerbado a situação.

O prefeito comparou o uso de água ao consumo de energia elétrica, explicando que em dias quentes, as pessoas utilizam mais ar condicionado, o que aumenta o gasto de energia. Da mesma forma, em tempos de seca e calor extremo, a população utiliza mais água, e não de maneira moderada. Bezerra apontou que o uso de água triplicou em Mirassol d’Oeste. Moradores utilizando grandes quantidades para lavar casas, carros, regar plantas e até molhar as ruas.

Atualmente, o município conta com três sistemas de captação de água, mas dois deles, localizados no pátio da Estação de Tratamento de Água (ETA) e em Carnaíba, já secaram. o prefeito lembrou que, no primeiro ano de sua gestão, foi realizada uma dragagem na ETA, o que aumentou a capacidade de captação em três vezes, mas, ainda assim, não foi suficiente para atender a demanda. Para tentar minimizar a crise, foram feitos transbordos na represa de Carnaíba, em parceria com a Minerva e uma usina local, além da utilização de agua captada no
Rancho Alegre, onde ainda há um volume significativo de água. Poços foram perfurados, dois na zona urbana e dois na zona rural, para ajudar no abastecimento.

Um dos principais projetos para a solução definitiva do problema é a captação de água no Córrego do Caramujo, mas o prefeito informou que está aguardando a autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Ele também mencionou a seleção de uma proposta do município no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), conforme a PORTARIA MCID No 768, de 26 de julho de 2024. Esse projeto está inserido no Eixo “Água Para Todos” – Subeixo “Abastecimento de Agua – Urbano”, e será financiado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Para que o processo de validação dessa proposta junto ao agente financeiro tenha início, a prefeitura foi convocada a responder aos questionamentos até o dia 23 de agosto de 2024. Entre os pontos a serem definidos estão a escolha do agente financeiro habilitado e a confirmação de prosseguimento com a operação de crédito, já que a proposta migrou de fonte de recursos do Orçamento Geral da União (OGU) para financiamento pelo FGTS.

Por Mira News

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