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MATO GROSSO

Comarca de São José dos Quatro Marcos desenvolve ações da Justiça Restaurativa com estudantes

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A Comarca de São José dos Quatro Marcos desenvolveu algumas ações da Justiça Restaurativa com adolescentes que estudam na Escola Estadual Lourenço Peruchi, nos dias 23, 26 e 27 de fevereiro.
 
Conduzido pela agente da infância e juventude e facilitadora formada pelo Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (Nugjur), Sandra Longhi de Lima, o trabalho abordou formas de lidar com as emoções, disciplina, respeito, drogas lícitas e ilícitas, dentre outros assuntos.
 
Por meio de uma roda de conversa em um ambiente preparado especialmente para a dinâmica, com decoração, música e mimos, a facilitadora conseguiu desenvolver uma proximidade com os jovens, trazendo um apoio para lidar com os desafios da vida.
 
“Foi muito positivo o trabalho, nós conseguimos levar essa ferramenta maravilhosa, de forma amorosa, empática e eles se sentiram receptivos. O objetivo maior é deixar para esses jovens uma compreensão de que as emoções fazem parte da vida da gente. Vai haver momentos de tristeza, alegria, frustrações e a importância é como eu lido com isso”, explica Sandra.
 
Formas de auxiliar a resolver os problemas também fazem parte do trabalho da Justiça Restaurativa nas escolas, ajudando os estudantes a ampliarem sua visão sobre as formas como podem lidar com os desafios que a vida apresenta a todos.
 
“A proposta desse trabalho é levar as ferramentas para esse jovem. Muitas vezes eles ficam tão fechados em si mesmos, nas frustrações deles, naquilo que eles se sentem ausentes, que não conseguem enxergar o que está à volta como possibilidade simples, um manejo simples de lidar com tudo isso”, reitera a facilitadora.
 
Em março, serão realizados círculos de paz com os professores.
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: foto vertical da dinâmica. Vários adolescentes estão sentados em cadeiras azuis olhando para a servidora Sandra, que está em pé ao centro da roda, ela fala e gesticula. No teto e nas paredes há balões brancos e amarelos e fitas brancas.
 
Mylena Petrucelli
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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