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MATO GROSSO

Comarca de Barra do Bugres realiza sessão de mediação com apoio de intérprete de Libras

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O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Barra do Bugres (165 km de Cuiabá) realizou na quarta-feira (08 de novembro), audiência de mediação com apoio de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais). O serviço é disponibilizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso a todas as comarcas do estado, de forma virtual, garantindo aos jurisdicionados PCD´s (pessoas com deficiência) o acesso à justiça. O caso em questão envolve o acordo de guarda, alimentos e visitas de duas crianças de cinco e sete anos em favor da avó paterna. O acordo entre as partes foi homologado nesta sexta-feira (10/11), pelo juiz Arom Olímpio Pereira.
 
O primeiro atendimento foi realizado pelas escreventes, Fabiana Gonçalves Prado e Lígia Mara Ferreira Taques, à avó, Margarida Madalena da Silva. Ela compareceu ao Cejusc com a nora, mãe das crianças, procurando informações sobre o processo de guarda. “Conforme fomos conversando com a avó, ficamos sabendo que os pais das crianças são pessoas com deficiência auditiva e, por consequência, vocal. Então consultamos a gestora do Centro, Mara Rejane Zanatta Sansão, que entrou em contato com o Tribunal de Justiça. A intérprete estava disponível para a mesma semana então, montamos o processo e agendamos a sessão”, contou Fabiana.
 
A sessão foi realizada pela mediadora judicial, Bruna Reis Vasconcelos, e teve a colaboração da intérprete de Libras (a língua brasileira de sinais), Bruna Farias Gomes Silva. Os netos da senhora Margarida Madalena da Silva, moram com ela há mais de dois anos. Os pais, que moravam na casa dela, estão separados e de comum acordo concordaram em ceder a guarda das crianças à avó. O pai continua morando na casa com os filhos. Ficou acordado que os dois pagarão pensão às crianças, que passam a ser responsabilidade da avó.
 
Durante a sessão, a intérprete de Libras precisou acalmar os ânimos, que ficaram acirrados em determinados momentos da sessão, coisa comum em se tratando de separação de casais e que envolvem filhos. As partes de comum acordo fixaram que as visitas serão exercidas livremente pelos genitores, desde que combinadas previamente e sempre respeitando a vontade e o bem estar dos menores.
 
“A intérprete ajudou muito nesse caso. O casal discutiu porque o rapaz não queria se separar da moça. A avó tentou acalmar, todos conversando na língua de sinais. Foi uma audiência diferente, única. Quero dizer que o Cejusc está apto ao atendimento de toda a população e que as condições físicas dos cidadãos não são barreiras que impeçam de levar uma prestação jurisdicional efetiva e humanizada”, afirmou Fabiana.  
 
No âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso, a solicitação de intérprete de Libras para atendimento a pessoa surda pode ser feito de maneira virtual, na página da Coordenadoria Judiciária no Portal do TJMT (clique aqui para acessar).
 
O serviço é oferecido de forma totalmente gratuita aos jurisdicionados.
O Poder Judiciário de Mato Grosso tem uma Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que fiscaliza a estrutura oferecida pelos fóruns e cartórios das comarcas do Estado às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
 
A Comissão é presidida pela desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho. Em setembro deste ano, a comissão percorreu as comarcas de Poxoréu, Dom Aquino, Juscimeira e Jaciara. As visitas às unidades visaram a orientação e implantação de medidas para eliminar e prevenir barreiras que impeçam ou prejudiquem o acesso à Justiça estadual e cartórios.
 
A desembargadora disse que a tendência é ampliar esse serviço e garantir mais inclusão de pessoas surdas. “Nossa justiça mais uma vez dá um exemplo de cidadania e de engajamento. Tenho orgulho em ter participado do início desse projeto piloto que é de muita relevância e significado”, declarou a magistrada.
 
Marcia Marafon
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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