O bloqueio da rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, já está em andamento no Brasil desde a meia-noite deste sábado (31). Sinais iniciais de interrupção foram detectados pelos usuários, que começaram a relatar problemas como mensagens de erro e dificuldades no carregamento de posts na plataforma.
A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal ( STF ), e ordena a suspensão completa da plataforma em território brasileiro. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi instruída a notificar mais de 20 mil provedores de internet para interromper o acesso ao X, conforme estipulado pela decisão judicial.
O X, no entanto, não está sendo extinto; a decisão afeta exclusivamente seu funcionamento no Brasil. A ordem de bloqueio foi emitida devido ao não cumprimento de decisões judiciais anteriores e à ausência de um representante legal da plataforma no país.
Proprietário do X, Elon Musk teve o prazo para responder às solicitações do ministro Moraes encerrado às 20h07 desta quinta-feira (29/8).
Moraes, após consultar a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apoiou a medida, decidiu pelo bloqueio total da rede social. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que o X tinha a opção de recorrer, mas escolheu ignorar as ordens judiciais.
Para contornar o bloqueio, alguns usuários consideraram o uso de VPNs (Redes Privadas Virtuais) para acessar a plataforma, incluindo a senadora Damares Alves , a qual incentivou seguidores a burlarem a decisão do STF.. Contudo, Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar utilizar esses métodos para burlar a decisão.
Com o bloqueio, muitos internautas começaram a migrar para outras redes sociais similares, como Threads, Mastodon e Bluesky. Esta última, inclusive, registrou um aumento significativo de acessos nesta sexta-feira(30) e acolheu os novos usuários brasileiros com uma mensagem de boas-vindas: “Brasil, você está estabelecendo novos recordes de atividade no Bluesky.”