Neste sábado (7), uma multidão tomou conta da Avenida Paulista, em São Paulo, atendendo ao chamado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para um ato, segundo ele, “em defesa da liberdade e da democracia”. A manifestação, marcada por críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apelos pela anistia de presos políticos, foi organizada após Bolsonaro passar mal pela manhã e ser atendido no Hospital Albert Einstein, com sintomas gripais.
Mesmo assim, Bolsonaro subiu ao trio elétrico por volta das 17h, quando disparou críticas ao magistrado do STF. “Eu espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”.
Bolsonaro foi precedido por discursos inflamados de apoiadores. O pastor Silas Malafaia, um dos principais organizadores do ato, fez o discursos antes da participação de Bolsonaro com uma mensagem de resistência e apelo espiritual. Ele destacou que a luta contra o “sistema” é longa e exige persistência.
“Dizem que não adianta nada lutar, que o sistema está armado, ninguém vai derrubar ele. Mas ele não vai ser derrubado da noite para o dia. É uma construção. Quando o povo se levanta, eles têm que se dobrar”, afirmou Malafaia, que descreveu a manifestação como mais um “tijolo” na construção desse movimento.
Em um momento de oração, o pastor pediu pela intervenção divina sobre autoridades brasileiras. “Deus, em nome de Jesus, que a tua vontade se estabeleça na vida de Alexandre de Moraes, que se estabeleça nos 10 ministros do STF, na vida de Lula e de [Geraldo] Alckmin, assim no céu como no Brasil”, orou Malafaia, pedindo que a fé guiasse os destinos políticos do país.
Críticas a Moraes
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também subiu ao palanque, direcionando suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em tom de ataque, Nikolas chamou Moraes de “covarde” e o acusou de usar seu poder de forma abusiva.
“O juiz mais tirânico do mundo, chamado ministro Alexandre de Moraes, é um criminoso que usa seus poderes para silenciar e impedir que saibamos a verdade”, declarou o deputado..
Ferreira também aproveitou para elogiar Elon Musk, destacando que o bilionário, proprietário da rede social X, mostrou-se um defensor da liberdade de expressão.
“Musk se mostrou que não é um homem de preço, mas um homem de valor”, afirmou, comparando o empresário a Bolsonaro, que, segundo ele, “resgatou o verde e amarelo e não será nenhum presidente ditador que irá nos parar”.
Além de Nikolas Ferreira, outros parlamentares conhecidos pelo apoio ao ex-presidente também discursaram durante o evento. Entre eles, os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Julia Zanatta (PL-SC) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), marcaram presença.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.