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Com calor extremo, acesso à água é desafio para quem vive na rua

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Pessoas em situação de rua sofrem com a dificuldade de acesso à água em dias de calor extremo em São Paulo, mas, além de ações emergenciais, é preciso pensar em adaptar as cidades para os eventos extremos do clima.

Esta semana, os termômetros ultrapassaram os 35ºC e a umidade relativa do ar ficou abaixo de 35% na capital paulista. Desde a quarta-feira (27), o tempo virou. Choveu forte em São Paulo e houve mudanças drásticas de temperatura. Nesta quinta-feira (28), a máxima não passou de 17ºC. 

Encontrar água para beber e sombra para se esconder do sol foi um desafio para as mais de 53 mil pessoas que vivem em situação de rua em São Paulo, de acordo com Levantamento do Observatório Polos de Cidadania, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Trata-se de uma população maior que a de quase 90% das cidades brasileiras, segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desde a semana passada, a prefeitura de São Paulo organizou, pela primeira vez, a Operação Altas Temperaturas, com a distribuição de garrafinhas de água, frutas e bonés.

Mas, para quem atua nas ruas, como André Soler, fundador da SP Invisível, as medidas são insuficientes.

“Sempre que a gente tem uma variação muito grande de temperatura, a população de rua é refém dessa situação. A gente vai para rua o ano inteiro e a gente está sempre distribuindo água, e a população em situação de rua está sempre precisando de água”, afirma. Ele destaca que os bebedouros públicos em São Paulo são insuficientes em relação ao tamanho da população. 

Eventos extremos

Para a professora Denise Duarte, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), o ato de distribuir garrafinhas de água é parte da resposta, mas os eventos extremos vão exigir mudanças mais complexas.

“Nós precisamos de ações mais estruturais, que, de fato, façam parte da vida das pessoas, do cotidiano das pessoas, e não só para adaptação às temperaturas extremas como também para todas as outras ocorrências, para todas as outras manifestações de mudanças climáticas”, assegura.

Ela cita como exemplo a criação de estruturas que funcionem como espécies de oásis urbanos. “Uma rede – que tem que ser bem distribuída pela cidade – de espaços de resfriamento. Alguns edifícios âncora, de maior porte, para onde a população possa se dirigir nos momentos de calor extremo.”

A pesquisadora também propõe aumentar a vegetação e a água nas áreas urbanizadas. “Este é o maior e melhor investimento para as nossas cidades”, destaca. Para Denise, essas estruturas beneficiariam não apenas quem está morando nas ruas, mas todas as pessoas que trabalham ou que precisam se locomover pelas cidades.

Ela acrescenta que os esforços de adaptação precisam acontecer com urgência. “Os problemas estão ocorrendo agora para pessoas mais vulneráveis, tanto a população em situação de rua como as populações nas comunidades de assentamentos informais,” opina.

A Agência Brasil solicitou posicionamento à prefeitura de São Paulo e aguarda resposta.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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