O PL vai iniciar uma ofensiva para filiar os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG). Com o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, o partido buscará ter os três principais nomes que disputam representar o bolsonarismo em 2026 no seu quadro de filiados.
Valdemar Costa Neto sonha em lançar Michelle Bolsonaro (PL) à Presidência da República. Ele tem boa relação com a ex-primeira-dama e tem dito a aliados que o sobrenome traz maior engajamento da militância do que uma outra figura política.
Porém, o presidente do PL escutou de lideranças de alguns setores que Michelle não está preparada para disputar uma eleição a presidente. Figuras influentes do agronegócio chegaram a dizer que não apoiariam uma candidatura de Michelle, o que fez Valdemar dar um passo para trás.
O cacique político então decidiu correr atrás de Tarcísio e Zema. Ele quer ter os três no partido para lançar quem tiver o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e também dos bolsonaristas.
Já Zema demonstrou interesse em deixar o Novo e partir para o Partido Liberal. Porém, o governador de Minas só deverá tomar uma decisão definitiva depois das eleições municipais de 2024.
Bolsonaro inelegível
O Tribunal Superior Eleitoral condenou Bolsonaro pela propagação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas. Com isso, o ex-presidente ficará inelegível pelos próximos oito anos. O julgamento encerrou com o placar de 5 a 2 contra o antigo mandatário do país.
O capitão da reserva atacou o sistema eleitoral brasileiro em uma reunião com embaixadores em junho de 2021. Na visão da Corte Eleitoral, o ex-governante cometeu abuso de poder político ao transmitir a reunião na TV Brasil, emissora estatal do governo federal.
Além do relator, ministro Benedito Gonçalves, os magistrados Floriano Marques Neto, André Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre Moraes votaram pela condenação. Os ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques abriram divergência e pediram a absolvição do ex-presidente.
Na visão do relator, Jair Bolsonaro cometeu erro grave de uso indevido dos meios de comunicação ao transmitir reunião com teor de descrédito ao sistema eleitoral brasileiro.