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Coluna João Vicente: “Hollywood no Planalto Central”

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Coluna João Vicente: “Hollywood no Planalto Central”
João Vicente Costa

Coluna João Vicente: “Hollywood no Planalto Central”

Um dia, vi a foto numa antiga revista Manchete de duas turistas estrangeiras no Congresso Nacional. A matéria me intrigou e contava a história dessas duas famosas atrizes americanas que moravam no interior de Goiás. Senta, se acomoda no sofá, que a história é boa: ela começa com Joan Lowell, uma atriz mediana mas bem conhecida no mundo do cinema mudo, até por ter participado do importante filme “Em Busca do Ouro” (The Gold Rush, 1925) com Charles Chaplin e por um filme autobiográfico que a tornou famosa, chamado “Adventure Girl”, de 1934.

Meio desiludida com Hollywood e de saco cheio da vida de atriz, Joan escreveu um livro, virou repórter e, mais tarde, resolveu largar tudo e pegar um transatlântico para a América do Sul. No navio, conheceu e se apaixonou pelas histórias contadas pelo capitão sobre os paraísos que ele conhecia no Brasil e, ao final, se apaixonou pelo próprio capitão, Leek Bowen. Não é que se casaram e vieram morar, depois de um tempo em Santos, no que consideraram “o paraíso na Terra”: Anápolis. Sim, Anápolis, no meio do nada do Goiás. Estamos falando das décadas de 1930, 40 e 50, antes mesmo das inaugurações de Goiânia (1942) e Brasília (1960)!

Por aqui, virou “Dona Joana” e, junto com seu capitão, tornou-se produtora de café na sua fazenda The Anchorage. Não demorou muito para ela se tornar corretora (e foi acusada de grileira) e oferecer terras na “Terra Prometida” para seus conterrâneos e ex-colegas. Joan escreveu um livro chamado “Terra Prometida” (The Promised Land), que caiu como bomba nas terras do Tio Sam e acabou atraindo diversos artistas e produtores famosos que aqui compraram terras.

Gente como o galã Gary Grant, Janet Gaynor, a primeira vencedora do Oscar de melhor atriz em 1929 (que por aqui viria a ser chamada de Dona Janete), a atriz Claudette Colbert, também vencedora de prêmio Oscar, e outra atriz e cantora, Mary Martin (aqui, Dona Maria), famosa por protagonizar “A Noviça Rebelde” na Broadway e mãe do também ator Larry Hangman. Não ligou o nome à pessoa? Larry é muito conhecido da geração dos anos 1970 por seu personagem Major Nelson, marido da “Jeannie é um Gênio”, e dos anos 1980 como vilão da série “Dallas”. Hangman passou algumas férias, quando adolescente, em Anápolis.

Dona Joana foi acusada de estelionato e grilagem de terras, fazendo muitos atores e rancheiros texanos perderem seus dólares. Mais tarde, mudou-se para a Vila Planalto, em Brasília, e, alguns anos depois, para uma chácara em Planaltina. É considerada pioneira na cidade. Tornou-se inclusive uma pessoa muito conhecida na sociedade local e tem uma história famosa: quando apareceu numa grande festa do Iate Clube, em 1964, vestida de noiva grávida, montada em um cavalo! Isso com mais de 60 anos de idade. Joan morreu em 1967 em Brasília.

De todos os famosos que compraram terras aqui, Janet e seu marido, o costureiro Adrian Gilbert, viraram fazendeiros e produtores rurais em Anápolis. Mary Martin ficou muito tempo por aqui e chegou a ser dona de uma famosa boutique em Anápolis. As famílias vinham sempre a Brasília e eram clientes de outra conterrânea que comprou terras de Dona Joana, Cynthia Tenser, gerente da joalheria R. Simon na galeria do Hotel Nacional de Brasília. A família Tenser chegou em Anápolis em 1958 e é a última e única a ficar no Brasil, com descendentes ainda vivendo em Brasília e no Rio Grande do Norte.

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Fonte: Nacional

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Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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