Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostram que apenas 57,6% da área planejada para o ciclo 2023/24 de soja foi semeada, um índice inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de 66%.
Este atraso no plantio é atribuído a condições climáticas desfavoráveis em várias regiões produtoras de soja. Em locais como Mato Grosso, a irregularidade das chuvas retardou o processo de plantio, resultando em replantios em algumas áreas. Apesar disso, a maioria das plantações está apresentando um desenvolvimento aceitável, mesmo com as precipitações abaixo da média.
Outros estados como Goiás e Mato Grosso do Sul também enfrentam desafios similares, com a necessidade de replantio em determinadas áreas devido à falta de umidade no solo. Enquanto isso, regiões como Rio Grande do Sul e Paraná lidam com excesso de umidade, embora as condições climáticas estáveis estejam permitindo um progresso satisfatório das plantações.
No que diz respeito ao milho, os números também mostram um atraso na semeadura, atingindo 45,8% da área prevista, comparado a 53,9% do mesmo período no ano passado. A escassez de chuvas está afetando o desenvolvimento das plantações, especialmente em locais como Minas Gerais e Bahia.
As previsões climáticas indicam mais desafios pela frente. Para o Centro-Oeste, espera-se uma onda de calor até meados de novembro, o que pode reduzir a umidade do solo e dificultar o plantio e crescimento das culturas.
Já para o Sul do país, há previsão de chuvas intensas, podendo superar os 150 mm, o que pode impactar negativamente, especialmente nas plantações de trigo.
Fonte: Pensar Agro