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Agronegócio

Clima ajuda na recuperação de pastagens e influencia mercado

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Em um período do ano tradicionalmente marcado por uma desaceleração no consumo de carne bovina, o mercado interno de boi gordo está testemunhando uma dinâmica interessante. Graças às condições climáticas favoráveis e a uma postura assertiva dos pecuaristas, o setor está conseguindo manter uma certa estabilidade nos preços, desafiando as expectativas do mercado.

Recentemente, o Brasil tem presenciado um aumento na frequência de chuvas em diversas regiões, um fator que tem contribuído significativamente para a recuperação das pastagens. Este fenômeno natural está permitindo aos pecuaristas uma maior flexibilidade no manejo do gado, já que não estão sob pressão para vender devido à falta de pasto. Essa melhoria nas condições das pastagens vem em um momento crucial, oferecendo aos criadores de gado uma vantagem tática na hora de negociar os preços.

Contrariando as tendências sazonais, os preços dos animais destinados ao mercado doméstico estão mostrando uma resiliência notável. Mesmo com o consumo de carne bovina tipicamente mais baixo neste período, não se observou uma queda significativa nos preços. Essa estabilidade é atribuída, em parte, à resistência dos pecuaristas em ceder às pressões dos frigoríficos para baixar os preços. Muitos estão optando por vender apenas o necessário para atender às suas necessidades imediatas de caixa, ao invés de liquidar seu gado a valores que consideram injustos.

Essa abordagem cautelosa dos pecuaristas é uma resposta estratégica às condições de mercado. Ao segurar as vendas, eles estão não apenas garantindo melhores preços para o seu gado, mas também estão influenciando o mercado como um todo, contribuindo para a manutenção da estabilidade dos preços em um período que, historicamente, vê uma baixa.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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queiroz

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