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Agronegócio

Citricultores paulistas fogem para Minas Gerais por causa do greening

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Diante dos desafios impostos pelo greening, doença que compromete seriamente a produção de laranjas, produtores do estado de São Paulo estão “fugindo” para Minas Gerais, mais precisamente para a região de Campo das Vertentes, área conhecida por sua tradição na produção leiteira.

Segundo os produtores paulistas, região montanhosa e com  menor concentração de pomares na região dificulta a disseminação do greening, e o clima mais frio contribui para a produção de frutas com coloração mais alaranjada, apreciada no mercado de laranja de mesa.

Dados da Associação Brasileira de Citros de Mesa (ABCM) indicam que a região de Campo das Vertentes possui atualmente cerca de 4 mil hectares de área plantada com citros, com tendência de expansão. Em 2012, a área plantada era de apenas 82 hectares, o que demonstra o rápido crescimento da citricultura na região.

A migração dos produtores de laranja para Minas Gerais representa um novo capítulo na história da citricultura brasileira. A região de Campo das Vertentes tem potencial para se tornar um importante polo de produção de laranja no país, oferecendo aos consumidores frutas de qualidade e livres do greening.

Ainda é cedo para determinar o impacto total dessa migração na citricultura brasileira. No entanto, é evidente que a busca por terras livres do greening e por um clima mais ameno está impulsionando o crescimento da produção de laranja em Minas Gerais.

A migração para Minas Gerais também traz desafios. A região ainda não possui a mesma infraestrutura logística e de comercialização que as tradicionais regiões citrícolas do Brasil. Além disso, os produtores mineiros precisam se adaptar às características do clima e do solo da região.

Apesar dos desafios, a migração dos produtores de laranja para Minas Gerais representa uma oportunidade para o desenvolvimento da citricultura brasileira. A região de Campo das Vertentes tem potencial para se tornar um importante polo de produção de laranja no país, oferecendo aos consumidores frutas de qualidade e livres do greening.

O GREENING – Essa doença da laranja chegou ao Brasil em 2004 e se espalhou rapidamente pelas regiões produtoras de citros, principalmente em São Paulo, causando uma queda significativa na produção nacional de laranja, afetando a economia e a competitividade do país no mercado global.

A comunidade científica e o setor citrícola estão empenhados na busca de soluções para o greening. Pesquisas focam no desenvolvimento de variedades resistentes, controle biológico de insetos vetores e novas técnicas de manejo para minimizar o impacto da doença.

O greening, uma enfermidade bacteriana que representa hoje um dos maiores desafios para a citricultura. Esta doença, conhecida por ser a mais grave ameaça aos cultivos de laranja, limão, entre outros citros, está provocando drásticas quedas na produção e severos danos à qualidade das frutas colhidas.

Originada por bactérias do gênero Candidatus Liberibacter, a transmissão do greening ocorre por meio dos psilídeos, pequenos insetos que se alimentam da seiva das plantas. Ao infectar o sistema vascular, essas bactérias bloqueiam o fluxo de nutrientes e água, levando a sintomas distintos como descoloração e amarelamento das folhas, padrões mosqueados nas folhagens, deformações nos frutos que se tornam pequenos, assimétricos e com cascas irregulares, além da queda antecipada dos mesmos.

A contaminação pelo greening é altamente infecciosa e, até o momento, não existe cura para as plantas afetadas. As estratégias de combate à doença se concentram na prevenção: monitoramento rigoroso dos pomares, erradicação das árvores contaminadas, controle dos insetos vetores e o desenvolvimento e uso de variedades de citros resistentes.

Os prejuízos econômicos decorrentes do greening são devastadores. A doença já custou bilhões de dólares à indústria citrícola mundial, forçando o abandono de extensas áreas de cultivo e resultando na perda de inúmeros postos de trabalho. A luta contra o greening continua sendo uma prioridade máxima para garantir a sustentabilidade e a produtividade dos pomares de citros em todo o planeta.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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