MATO GROSSO
Círculo de Paz é realizado com equipe da secretaria da Vice-Presidência do Tribunal de Justiça
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1 ano atrásem
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oestenewsO pedido para a realização da prática restaurativa foi feito diretamente à presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip, com o objetivo de conhecer melhor o colega de trabalho. “Eles pediram e querem se conhecer para que não haja constrangimento e para que todos consigam compreender e respeitar a dor do outro, tentando ajudar, se possível, mas sem julgamento”, enfatiza.
Para o primeiro encontro, que ocorreu em junho, de forma unânime e diferente do esperado, o momento foi classificado como ‘acolhedor’, conforme detalha a diretora da secretaria da vice-presidência do TJMT, Márcia Rita Martins Vidal. “Eu não tinha ideia de como se desenvolveria o encontro e, por ser uma pessoa bastante fechada, desfiz a imagem de que o encontro seria algo difícil de participar. Então, foi muito positivo, todas sentiram a energia boa, e aquele momento nos permitiu ficar à vontade e ouvir com respeito todos os depoimentos. Consequentemente, o comportamento do outro no dia a dia será visto com um olhar mais humanizado e respeitoso”.
O resultado positivo foi imediato para uma mudança profunda no ambiente de trabalho. Márcia disse que “todas, pela primeira vez, depois do encontro do Círculo de Paz, almoçaram juntas e registraram o momento com uma fotografia, atitude nunca realizada antes”.
De acordo com a desembargadora Maria Erotides Kneip, o símbolo do Círculo de Construção de Paz é a girafa por ter pescoço comprido e um coração forte, ilustrando a linguagem do amor, uma forma de se comunicar e com o olhar mais amplo para as situações.
Transferida há apenas cinco dias para a secretaria da Vice-Presidência, a servidora Thalita Camarneiro Siqueira acreditou que não iria interagir, mas no final ficou surpreendida. “Como no círculo foram expostas situações pessoais, todos ficaram na posição de não julgar. Fiquei à vontade. Eu acredito que o maior benefício disso tudo foi entender a forma como podemos tratar as pessoas. Uma oportunidade para conhecer a dor dos colegas. Se não tivesse, não saberia como conversar e tratar, isso ajudou muito”, disse Thalita.
Célia Raquel Pacheco Corvoisier, gestora administrativa da Vice-Presidência, muito comunicativa e sempre com a escuta atenta entre a equipe, confessa que durante o encontro se deparou com algumas descobertas. “A gente acabou escutando várias situações que eu não sabia. Estou aqui há mais de cinco anos, sempre conversando com todos, tentando ajudar e mesmo assim me deparei com histórias que me causaram surpresa”, frisou a servidora, que se comprometeu em ampliar a sua atenção quando o colega quiser conversar.
Para a servidora Valtenir Queiroz dos Santos, o convívio no ambiente de trabalho nunca foi tão significativo e positivo. “Mesmo sendo uma pessoa de poucas palavras, consegui expressar bastante com meus colegas. Eu entrava e saía da minha sala e não conversava com todos, por timidez. Após a reflexão de tudo que vivenciamos naquele momento e perceber que os colegas desejam ficar mais próximos e conversar, a partir de agora, quero dar mais atenção a eles”, revela Valtenir.
A presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip, ressalta que, através dos Círculos de Construção de Paz, fortalecem-se os laços da equipe reafirmando a missão maior do judiciário. “Temos a maior de todas as ferramentas para impedir o assédio, tanto vertical quanto horizontal. Nós vimos que nos lugares onde há o círculo de construção de paz, como aconteceu na secretaria da vice-presidência, jamais vai acontecer assédio. Porque as pessoas se conhecem, se respeitam e sabem respeitar”.
O Círculo de Construção de Paz foi conduzido pelo isntrutor do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa do TJMT (NugJur), Ubiracy Félix.
Círculo de Construção de Paz – Essa é uma prática restaurativa que cumpre determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e a introdução da Justiça Restaurativa no Sistema de Justiça Brasileiro, de acordo com as Resoluções 125, de 29 de novembro de 2010, e 225, de 31 de maio de 2016, ambas do CNJ.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Foto 1: Servidoras, servidor tiram uma selfie. Quem faz a foto é um instrutor do NugJur. Os servidores estão, alguns em pé, outros agaixados, em frente aos itens utilizados no circulo de paz. Foto 2: foto vertical colorida com itens utilizados no circulo, como frase positivas, uma girafa de pelúcia e demais objetos. Foto 3: foto vertical colorida onde mostra os servidores todos com os braços esticados se unindo em um círculo. a foto é tirada do alto.
Elaine Coimbra
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
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