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Política Nacional

Cinco anos: políticos cobram respostas sobre caso Marielle Franco

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Escultura de 11 metros de altura, do artista plástico Paulo Nazareth, em homenagem a Marielle Franco, no pilotis do Museu de Arte do Rio(MAR), zona portuária do Rio
Tânia Rêgo/Agência Brasil – 14/03/2023

Escultura de 11 metros de altura, do artista plástico Paulo Nazareth, em homenagem a Marielle Franco, no pilotis do Museu de Arte do Rio(MAR), zona portuária do Rio

Nesta segunda-feira (14), políticos se manifestaram nas redes sociais e cobraram uma resposta sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes . Hoje, a morte de Marielle completa cinco anos. 

deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) publicou uma foto ao lado de Marielle . “Já são 5 anos sem esse sorrisão contagiante e essa força que tomava conta de qualquer espaço. Já são 5 anos de luta pela memória de Marielle Franco e Anderson, exigindo justiça para esse crime brutal. 5 anos sem resposta: QUEM MANDOU MATAR MARIELLE?”, escreveu Boulos no Twitter .

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) , também se manifestou nas redes. “Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson? Qual foi o motivo? A busca das respostas é uma luta por justiça, por democracia, por humanidade, por um futuro digno e sem violência. Uma forma de defender quem acredita e exerce seu direito de fazer do mundo um lugar melhor”, escreveu.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann , disse que “Marielle vive em todas e todas que lutam por justiça”. “Não descansaremos enquanto os mandantes não forem identificados, julgados e punidos por seus crimes”, afirmou.

O próprio Partido dos Trabalhadores também publicou uma homenagem à vereadora. “Dia Marielle Franco, por justiça e pela memória de Marielle e Anderson!”, escreveu o perfil da legenda. “Já são 5 anos da pergunta: quem mandou matar Marielle e Anderson? E por quê? O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) não pode ser esquecido!”

A irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, Anielle Franc o, postou uma série de homenagens a ela e disse que vai cobrar justiça até a solução completa do caso. “Como irmã de Marielle, filha de Marinete, me dói muito ter que enfrentar ainda fake news e discurso de ódio contra minha irmã, me dói ter que falar sobre justiça depois de tanto tempo, mas continuaremos fazendo isso até conseguirmos solucionar este caso.”

“Sigo lutando por você, Mari, e por todo corpo negro que já tombou. Saber quem mandou matar Marielle é um dever da democracia”, escreveu.

presidente da Embratur e ex-deputado, Marcelo Freixo, também publicou nas redes sobre a data. “Hoje é um daqueles dias em que a saudade aperta mais. Nós caminhamos e conquistamos muita coisa juntos. É em nome da memória e da luta dessa mulher incrível que nós seguiremos firmes exigindo respostas, 5 anos após esse crime brutal”, afirmou.

Hoje mais cedo, o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros fizeram um minuto de silêncio no Palácio do Planalto em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro

“Hoje, ao lado da companheira Anielle Franco, reforcei o compromisso já firmado pelo ministro Flávio Dino de somarmos todos os esforços para descobrirmos quem mandou matar Marielle Franco”, escreveu Lula em ao divulgar o vídeo da homenagem.

No início do vídeo, o presidente diz que “a melhor forma de a gente presta uma homenagem à Marielle nesse dia é a gente fazer um minuto de silêncio”.

Dia da Marielle

Ontem (13), o presidente Lula enviou uma mensagem à Câmara dos Deputados pedindo urgência para votar o projeto que cria o “Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento a Violência Política de Gênero e Raça”. A data seria em 14 de março , dia do assassinato da vereadora .

Segundo o governo, o objetivo é “conscientizar a sociedade a respeito das violências sofridas pelas mulheres no ambiente político, em especial, mulheres negras”.

Marielle e Anderson

A vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

A polícia conseguiu chegar aos supostos executores do crime, os  ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Ambos já são réus pelo crime e aguardam julgamento por júri popular. No entanto, os mandantes do assassinato ainda não foram descobertos.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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