A decisão foi tomada como parte do julgamento em andamento acerca da denúncia feita pela África do Sul, em janeiro deste ano, acusando Israel de cometer genocídio contra os palestinos. Diferentemente do que muitos têm propagado, no entanto, a decisão de hoje não foi para Israel suspender por completo sua atuação em Rafah.
A CIJ afirmou que Israel “deve suspender imediatamente a sua ofensiva militar e qualquer outra ação na província de Rafah, que possa infligir ao grupo palestino em Gaza condições de vida que possam provocar a sua destruição física, no todo ou em parte”. Ou seja, as ações militares nessa parte do enclave palestino podem continuar em andamento, desde que não leve à destruição da população civil da região, segundo André Lajst, presidente do StandWithUs Brasil.
Isso, de acordo com ele, é basicamente o que prevê o direito internacional por meio da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, a qual Israel tem buscado seguir.
Inclusive, o próprio grupo terrorista Hamas saudou a decisão da Corte, mas a considerou insuficiente, uma vez que não prevê o fim das operações israelenses em Rafah.
Segundo Lajst, o entendimento da CIJ é apenas de que Israel deve fazer mais do que já tem feito, a fim de preservar a integridade dos civis em Rafah. Cerca de um milhão dos 1.4 milhão de palestinos que se encontravam no local já foram evacuados.
Nesse sentido, um ponto importante da decisão da Corte é a reabertura da passagem de Rafah, a qual está fechada desde o início das operações militares no local. O principal responsável por isso, no entanto, é o Egito que tem se recusado a permitir a passagem dos insumos para a Faixa de Gaza desde que Israel assumiu o controle do lado palestino da fronteira nos últimos dias, afirma Lajst.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.