Os hospitais de Pequim e da região norte da China está sofrendo com uma onda de casos de doenças respiratórias nos últimos dias, ficando sobrecarregados. Os principais pacientes são crianças. Esse é o primeiro inverno no país após o fim das medidas de segurança contra a propagação do Covid-19.
Os atendimentos dos pacientes estão levando horas, deixando centenas de pessoas nas filas de alguns hospitais infantis. As informações foram dadas pela mídia estatal chinesa, publicações nas redes sociais e pela CNN Internacional.
De acordo com a agência estatal, o maior hospital pediátrico nas proximidades de Tianjin, recebeu mais de 13 mil crianças na emergência e em consultas no último sábado (18).
As autoridades de grandes cidades no norte da China e da capital disseram que as doenças que tem surgido são sazonais típicas. Algumas delas, por exemplo, são gripe e o vírus sincicial respiratório (VSR) assim como a pneumonia por micoplasma. Esta última trata-se de uma infecção leve bacteriana, que atinge crianças.
O aumento em infecções respiratórios no hemisfério Norte é comum nesta época do ano, acontecendo inclusive nos Estados Unidos. Entretanto, no país norte-americano, o VSR tem se espalhado em níveis “sem precedentes” entre as crianças.
A situação na China, no entanto, gerou preocupações à comunidade global após a Organização Mundial da Saúde (OMS) pedir ao país asiático que entregue mais informações sobre a crescente de casos. O comunicado foi emitido na última quarta-feira (22), pelo Programa de Monitoramento de Doenças Emergentes da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas (ProMED).
Na quinta-feira, a OMS informou que conversou com as autoridades chinesas e funcionários do hospital, e que os dados indicam um aumento de consultas ambulatoriais e internações em crianças com pneumonia por micoplasma em maio e doenças sazonais comuns, como adenovírus e vírus influenza desde outubro.
“Alguns desses aumentos são mais precoces na temporada do que os registrados historicamente, mas não inesperados, dado o fim das restrições da Covid-19, como aconteceu em outros países”, informou o órgão mundial.
Além disso, nenhum patógeno incomum foi detectado nos pacientes que vem sendo atendidos.