Segundo o porta-voz do Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação, Shi Yi, os objetivos da operação eram “patrulhamento e prontidão para combate” e os exercícios atingiram os espaços “aéreos e marítimos” em torno de toda a península.
Nesta segunda-feira, as simulações incluíram jatos de combate H-6K que estavam com “armas reais” e fizeram “ataque simulados” com o objetivo novamente de “cercar” a ilha. O porta-aviões Shandong também foi usado.
Já o governo de Taiwan informou que contabilizou 70 aeronaves e 11 navios de guerra chineses ao redor da ilha nas últimas 24 horas. Conforme o Ministério da Defesa, 35 jatos ultrapassaram a linha do Estreito de Taiwan, que divide as águas territoriais de cada um dos lados.
Os exercícios militares foram anunciados por Pequim por causa da visita da presidente da península, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos na última semana. No país, a líder se reuniu com vários expoentes políticos, incluindo o chefe da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy.
O treinamento foi similar ao realizado pela China em agosto de 2022, quando a então líder da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, fez uma visita formal a Taiwan.
Acirrando ainda mais o clima, os EUA confirmaram que seu navio contratorpedeiro USS Milius fez um missão hoje no Mar do Sul da China, perto das Ilhas Spratly, reivindicadas por Pequim.
Apesar do apoio norte-americano, que inclui o fornecimento de armamentos e equipamentos militares, Washington não reconhece Taiwan como um país. Já Pequim considera a península “rebelde” como parte de seu território e acusa os EUA de tentarem desestabilizar a região.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.