O texto foi votado na última quarta-feira (18) e contou com amplo apoio – 12 votos de um total de 15 -, mas acabou barrado pelos EUA, que têm poder de veto, enquanto Reino Unido e Rússia se abstiveram.
“A China está profundamente decepcionada com a obstrução por parte dos Estados Unidos à adoção por parte do Conselho de Segurança de um projeto de resolução sobre a questão palestina”, disse nesta quinta (19) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Mao Ning.
Segundo ela, o órgão deveria poder “desempenhar seu papel para alcançar um cessar-fogo e interromper a guerra”.
A resolução brasileira condenava os “hediondos ataques terroristas” do Hamas contra Israel e exigia a “libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis”, além de pedir “pausas humanitárias” para permitir “acesso total, rápido, seguro e sem obstáculos” de agências da ONU em Gaza.
Além do Brasil, presidente rotativo do Conselho de Segurança, também votaram a favor da resolução: Albânia, China, Emirados Árabes Unidos, Equador, França, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.
O texto foi alvo de intensas negociações nos últimos dias, porém não convenceu os EUA devido à ausência de uma menção ao direito de defesa de Israel.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.