A China emitiu licenças para 26 empresas brasileiras, autorizando produzir e comercializar sementes de milho e soja geneticamente modificadas.
A iniciativa, destacada pelo Ministério da Agricultura e Agricultura Rural chinêz, visa diminuir a dependência do país por importações desses grãos. Entre as companhias licenciadas estão a Beijing Dabeinong Technology e a China National Seed, parte do Grupo Syngenta, com operações nas principais regiões agrícolas, como Hebei e Mongólia Interior.
Essa concessão marca a primeira vez que empresas chinesas receberam autorização para o cultivo comercial de transgênicos no país, de acordo com informações do Instituto de Co-Inovação GLOCON Agritech.
A China é o maior importador mundial de milho e soja, comprando cerca de 100 milhões de toneladas anualmente, sobretudo do Brasil e dos Estados Unidos. Com a adoção de sementes geneticamente modificadas, espera-se que o país aumente a produtividade agrícola e reduza a necessidade de importações.
Testes em larga escala conduzidos pela China mostraram resultados positivos para a segurança e eficácia das sementes transgênicas. Segundo fontes do setor, produtores chineses planejam expandir o plantio de milho geneticamente modificado para cerca de 670 mil hectares em oito províncias até 2024, o que representa mais que o dobro da área cultivada em 2023.
Fonte: Pensar Agro