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Chile tem plebiscito sobre Constituição para acabar legado de Pinochet

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 Gabriel Boric
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Gabriel Boric

O povo do Chile realiza neste domingo (17) um plebiscito sobre a adoção de uma nova Constituição que poderá substituir o texto que mantém o legado da ditadura do general Augusto Pinochet, vigente de 1973 a 1990. Esta será a s egunda tentativa em pouco mais de um ano de aprovar um novo documento para o país.

A pressão para reescrever a Constituição chilena cresceu nos últimos quatro anos, especialmente após os protestos em 2019, desencadeados pelo anúncio do aumento da tarifa do metrô pelo governo do então presidente Sebastián Piñera. Esses manifestantes clamavam por uma nova estrutura constitucional.

A primeira tentativa de substituir a Constituição de Pinochet ocorreu em 2022, quando um texto elaborado por um órgão majoritariamente composto por pessoas de esquerda foi rejeitado pelos eleitores, garantindo proteções ambientais abrangentes e uma extensa gama de direitos.

Dessa vez, em uma nova assembleia, com predominância de figuras da direita, é proposto uma reformulação considerada mais conservadora em relação à Constituição vigente no país.

O texto proposto, composto por 216 artigos, enfatiza os direitos de propriedade privada e propõe alterações em questões sensíveis, como aborto e imigração.

Uma das disposições do projeto afirma que “a lei protege a vida de quem está para nascer”, enquanto o texto atual defende o direito “à vida do que está para nascer”. Críticos alertam que a mudança de “de quem” para “do que” poderia resultar na total ilegalidade do aborto no Chile, país onde a interrupção da gravidez é permitida em casos de estupro, inviabilidade fetal ou risco à vida da mãe.

Em relação à imigração, a proposta estabelece a “expulsão no menor tempo possível” de estrangeiros que entraram no país sem autorização. Contudo, essa medida não se aplicaria aos casos de refúgio, asilo ou proteção.

Além disso, o texto sugere prisão domiciliar para detentos com doenças terminais que não representem riscos à sociedade. No entanto, a oposição de esquerda na assembleia expressa preocupações, sugerindo que essa regra poderia favorecer condenados por crimes contra a humanidade durante a ditadura de Pinochet.

Pesquisas recentes têm indicado que, apesar de possuir um nível de apoio baixo, a nova proposta ganhou terreno nas últimas semanas. De acordo com levantamento do Instituto Cadem, 38% do eleitorado aprovaria a nova Constituição, marcando um aumento de seis pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou que não pretende convocar um terceiro plebiscito caso a proposta atual seja rejeitada. No entanto, ele poderia buscar aprovar emendas à Constituição em vigor, que já passou por diversas alterações ao longo das décadas.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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