Pela segunda vez em pouco mais de um ano, a população do Chile rejeitou a adoção de uma nova Constituição para o país, mantendo a Carta Magna herdada da ditadura militar de Augusto Pinochet.
55,8% dos eleitores se disseram “contra” o texto elaborado pela direita, enquanto 44,2% se posicionaram “a favor”, em referendo realizado no último domingo (17), 15 meses depois de os chilenos terem rejeitado uma proposta escrita pela Assembleia Constituinte, dominada pela esquerda, por 61,9% a 38,1%.
O resultado encerra um período turbulento da política no Chile, uma vez que o presidente progressista Gabriel Boric afirmou que o processo constitucional está “encerrado”.
“As urgências agora são outras”, disse o mandatário, acrescentando que nenhum das duas propostas conseguiu “unir o Chile em sua linda diversidade”.
Já o líder de extrema-direita José Antonio Kast, principal cabo eleitoral do “a favor” no último domingo, reconheceu o “fracasso no esforço para convencer os chilenos de que essa era uma Constituição melhor que a vigente”.
No entanto, Kast ressaltou que o governo e a esquerda “não podem comemorar” o resultado.