O chefe de Inteligência da Força Militar de Israel, o major-general Aharon Haliva, renunciou ao cargo por se sentir culpado por não ter impedido os ataques do grupo extremista Hamas em 7 de outubro , que desencadearam a guerra em curso na Faixa de Gaza. Ele deixará o cargo assim que um sucessor for escolhido. O comunicado aconteceu nesta segunda-feira (22).
O major disse que assume a responsabilidade pelas falhas de segurança da inteligência israelense no ocorrido. “Carrego aquele dia nefasto comigo desde então, dia após dia, noite após noite. Levarei para sempre comigo a terrível dor da guerra”, disse ele, em carta aberta.
Haliva serviu nas Forças de Defesa de Israel (FDI) por 38 anos e é o primeiro militar sênior a renunciar após os ataques do Hamas.
Após os bombardeios de 7 de outubro, Haliva disse que Israel não cumpriu “a tarefa mais importante” e que, como chefe da Direção de Inteligência, assume “total responsabilidade por este fracasso”.
Apesar da saída de Haliva poder aparentar uma fragilidade no sistema de Defesa de Israel, o premiê israelense Benjamin Netanyahu pretende focar no ataque. Segundo ele, há planos para a libertação de reféns e, para isso, eles precisam aumentar a pressão.
Em um comunicado divulgado pela Assessoria de Imprensa do Governo no domingo (21), Netanyahu disse: “Esta noite, 133 de nossos queridos irmãos e irmãs não se sentam à mesa do Seder e ainda estão presos no inferno do Hamas”.
O premiê israelense disse que o Hamas rejeita propostas para um acordo de reféns “de imediato”. Ele fala ainda que o grupo extremista vai receber, em breve, “golpes adicionais e dolorosos”, que aumentarão a “pressão militar e política” para a libertação dos capturados.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.