O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, telefonou nesta segunda-feira (30) para o ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani. Eles discutiram o conflito no Oriente Médio, a mediação para liberação de reféns em mãos do Hamas e a possibilidade de abertura da fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza.
“Discutiram a crise israel-palestina e os esforços para a liberação da passagem de estrangeiros retidos em Gaza ao Egito, inclusive mais de 30 brasileiras e brasileiros. Conversaram também sobre a resolução de apoio humanitário em discussão no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)”, informou o Itamaraty em uma rede social.
Mauro Vieira está em Nova York, onde coordena nesta segunda-feira mais uma sessão do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito no Oriente Médio.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Catar, os dois ministros discutiram a gravidade das confrontações em Gaza, a necessidade de um imediato cessar-fogo e também sobre os últimos esforços para libertação dos reféns.
Ainda segundo a nota divulgada pelo Catar, o ministro do país do Oriente Médio enfatizou a necessidade de abrir a fronteira em Rafah, no Egito, “permanentemente para garantir o fluxo de comboios de socorro e a ajuda humanitária aos irmãos palestinos presos sob o bombardeio.”
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou sobre o conflito com o líder máximo do Catar, o emir Tamim bin Hamad al-Thani. O presidente brasileiro tentou uma mediação para liberação dos cerca de 30 brasileiros e familiares presos na Faixa de Gaza.
O Catar tem desempenhado importante papel de mediador junto ao grupo Hamas para liberação dos reféns sequestrados no dia 7 de outubro e tem sido procurado por líderes de todo o mundo que buscam uma solução para retirar os estrangeiros que estão presos na Faixa de Gaza desde o início das hostilidades.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.