A Controladoria Geral do Estado (CGE) apresentou a servidores da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), nesta quarta-feira (25.09), um projeto que promove a inclusão de 40 pessoas surdas ou com deficiência auditiva na digitalização de documentos.
Esta iniciativa, que digitaliza e migra os documentos para o Sistema Estadual de Produção e Gestão de Documentos Digitais (Sigadoc), é um exemplo de como a inclusão social pode ser aliada à eficiência administrativa.
Durante a visita, os servidores tiveram a oportunidade de conhecer de perto a organização e a higienização dos documentos, bem como a operacionalização da guarda digital e os requisitos necessários para a execução do trabalho.
A CGE destacou ainda a economicidade que o projeto oferece aos cofres públicos, uma vez que as pessoas surdas ou com deficiência auditiva são contratados e remunerados por meio de organização sem fins lucrativos.
O secretário-adjunto Executivo e de Ações Estratégicas da CGE, José Alves Pereira Filho, enfatizou a importância da segurança da informação ao longo de todo o processo.
“Este projeto tem várias vantagens, pois além da segurança da informação e da economicidade que ele traz para o Estado, tem um fator mais relevante ainda que é a inclusão social. Estamos colocando à disposição da comunidade surda postos de trabalho que proporcionam dignidade e inclusão, onde eles podem desempenhar suas atividades de forma ágil e com alta qualidade”, disse.
O projeto, que completa um ano de atividades, foi idealizado pela CGE e está sob a coordenação do Arquivo Público, unidade da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Neste período, já foram digitalizadas cerca de 30 mil pastas funcionais, o que equivale a cerca de 5 milhões de páginas. A iniciativa busca não apenas promove a eficiência, mas também abre novas oportunidades de trabalho para a comunidade surda.
A conexão com o Dia do Surdo, comemorado em 26 de setembro, ressalta a importância desse projeto. A data é um momento para refletir sobre os desafios e as conquistas da comunidade surda, destacando como iniciativas como essa podem proporcionar dignidade e inclusão.
Neste contexto, o projeto idealizado pela CGE se torna um exemplo inspirador de como é possível unir eficiência administrativa à promoção da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, fazendo ecoar a voz da comunidade surda em um espaço que valoriza suas habilidades e contribuições.