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MATO GROSSO

Certificação da madeira de MT nas normas da ABNT vai trazer mais desenvolvimento econômico ao setor

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Mato Grosso é o quarto maior exportador de madeira país e a tendência é melhorar ainda mais com o novo padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para medir a área de vegetação explorada em floresta tropical nativa denominada Prática Recomendada ABNT PR 1020. Com isso, os produtos florestais serão certificados com selo da ABNT e conseguir melhores preços tanto no mercado nacional, e principalmente, para as exportações.

A medida contribui com os empresários e indústrias que atuam na legalidade e tem a madeira rastreada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), da extração na floresta até a venda ao consumidor, como afirmou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, durante evento na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), nessa quinta-feira (05.04).

“Essa é uma forma do setor mostrar que trabalha com sustentabilidade de forma diferenciada, sempre na vanguarda no país e no mundo. Vamos conseguir abrir novos mercados com essa certificação, valorizar o preço do metro cúbico da madeira e uma economia sustentável”, destacou.

As indústrias mato-grossenses embarcaram no ano passado 190,6 mil toneladas de madeira bruta, serrada e perfilada, que abrange variedades de baixa, média e alta densidade, atestando a qualidade da madeira tropical proveniente das áreas manejadas. O Estado é responsável por 2,29% das vendas externas de madeira no Brasil e por 98% na região Centro-Oeste.

No ano passado, a madeira oriunda do manejo florestal sustentável exportou 46 espécies identificadas e autorizadas pelos órgãos ambientais movimentando US$ 120 milhões. Somente em janeiro deste ano foram exportados US$ 6 milhões. Mato Grosso embarca a madeira em navios para 61 países nos cinco continentes.

O presidente da ABNT, Mario William Esper, destacou que, com a certificação e auditores presentes em 16 países, dentre eles os Estados Unidos e a China, e associada ao selo ISSO, a madeira sustentável de Mato Grosso terá a garantia de uma norma de que foi explorada de forma legal.  

“Traz mais consistência, mais estabilidade, principalmente no comércio exterior, porque infelizmente hoje a madeira brasileira tem um preço baixo, porque ela é taxada como ter sido desmatada ilegalmente, que emprega mão de obra escravo, emprega mão de obra infantil. Então esta norma vai estabelecer os procedimentos, as medidas e até onde vai ser utilizada a madeira no final. A norma permite toda essa rastreabilidade, dando mais segurança ao produtor de que a madeira é explorada legalmente e esperamos que o preço da madeira possa agregar valor e ter um preço melhor no exterior”.

A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, comentou que desde 2018 já foi pensada a ideia de adotar certificação de normas técnicas de padronização da madeira do manejo sustentável. A proposta surgiu durante a transição da primeira gestão do governador Mauro Mendes para resolver o gargalo do setor, que é a base econômica de 44 municípios do Estado.

“A indústria de base florestal representa um segmento que colabora com a conservação e a proteção de mais de 4,7 milhões de hectares de reserva legal do bioma floresta do estado de Mato Grosso. É extremamente relevante fortalecer um setor que concilia a geração de renda, garantia de dignidade social para a população de 44 municípios do estado, mas também tem um papel fundamental na agenda de sustentabilidade. Era preciso criar mecanismos para que a rastreabilidade fosse implementada. Isso é fruto de uma união de esforços entre o poder público para uma agenda consistente que concilia o desenvolvimento econômico com a indústria e o setor ambiental”, pontuou. 

O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras do Estado de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, comentou que a certificação será fundamental para o setor que reúne 523 indústrias associadas, que geram cerca de 11 mil empregos diretos.

“No ano passado, nós lançamos aqui no estado de Mato Grosso o SISFLORA 2.0, que é a rastreabilidade da madeira de ponta a ponta. O nosso estado é de vanguarda, produzimos uma madeira sustentável, ecologicamente correta, com procedência e legalidade. Com as normas da ABNT serão estabelecidas uma padronização e a certificação para o consumidor que nós temos uma madeira rastreada, e sem nenhuma relação com o desmatamento. O manejo é uma atividade sustentável, então esse é um passo muito importante”, disse. 

Para o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, o setor madeireiro tem um papel fundamental dentro da economia de Mato Grosso, por gerar empregos e está presente em diversas regiões do Estado.

“Ele desempenha papel fundamental na economia verde, na economia circular, principalmente com o foco na questão do manejo florestal que isso é cuidar da floresta de uma forma diferenciada com respeito à natureza. Esse setor tem um compromisso com a sustentabilidade e a questão da preservação ambiental”.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Escola da rede estadual cria projeto de recuperação de nascentes em Nova Monte Verde

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A comunidade da Escola Estadual Professora Neide Enara Sima, em Nova Monte Verde (a 944 km de Cuiabá), criou o projeto “Adote uma Nascente – Águas do Futuro” para recuperação das fontes de água de rios e córregos do município.

Criado neste ano, o projeto surgiu de forma interdisciplinar nas matérias eletivas de Ciências Humanas e Ciências da Natureza com o objetivo de identificar e caracterizar as principais fontes causadoras de impactos ambientais nas nascentes urbanas e rurais do município, em um raio de 10 quilômetros ao redor da escola.

“A escola foi além da identificação das áreas degradadas e da criação de um banco de dados. Com o envolvimento de 60 alunos do ensino fundamental e médio, iniciamos a recuperação da vegetação ciliar em 100% das áreas aderentes ao projeto e já temos mais de 100 mudas de árvores plantadas crescendo de forma vistosa. Ano que vem vamos dobrar essa quantidade”, explicou a coordenadora do projeto, professora Patrícia Inácio Passos.

A professora comentou também que a promoção da consciência ambiental, iniciada por 60 estudantes do projeto, agora atinge os demais 488 alunos da escola. “Nosso objetivo para 2025 é engajar 100% das turmas do ensino médio, além de estender o projeto às salas anexas que ficam fora do perímetro urbano”, completou.

Para iniciar a recuperação ambiental das fontes de água, o projeto baseou-se nas orientações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e no apoio da gestão escolar, da coordenação pedagógica e dos demais professores.

“Me sinto em uma experiência diferente vendo na prática que estamos ajudando a natureza a se recuperar. Estamos deixando um impacto positivo e um bom exemplo. Demonstramos que pequenas atitudes, como a de plantar uma muda de árvore, podem ajudar o meio ambiente a se equilibrar”, disse a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 17 anos.

Já a aluna Lorena Colnaghi Bazani, de 18 anos, avaliou que o projeto a fez “entender melhor como a preservação das nascentes afeta tudo ao nosso redor”.

“Participar do projeto foi uma experiência transformadora. Senti-me privilegiada em fazer parte de uma iniciativa tão importante para o futuro da nossa cidade e do planeta. Plantar cada árvore foi um ato de esperança e um compromisso com a sustentabilidade”, comentou também a estudante Rafaela Rubi Moreira Marcon, de 18 anos.

De acordo com o diretor da escola, professor Valdinei de Oliveira Prado, as iniciativas têm sua importância por promover o protagonismo juvenil na resolução de problemas do meio ambiente, principalmente no contexto da degradação ambiental de nascentes.

“Estamos realizando uma aprendizagem diferenciada que vai estimular as potencialidades dos nossos jovens e crianças, além de contribuir no contexto socioambiental em que vivem”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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