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CEO da OceanGate criou ‘ratoeira para bilionários’, diz operador

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OceanGate
Submarino Ocean Gate

Um operador de submarinos disse que o CEO da OceanGate, Stockton Rush, de quem era amigo próximo, criou uma “ratoeira para bilionários” com o submersível Titan, que implodiu e deixou cinco pessoas mortas no mês passado, incluindo o empresário.

Karl Stanley foi um dos primeiros passageiros a embarcar no Titan, que tinha o objetivo de levar as pessoas para ver os destroços do Titanic. De acordo com ele, Rush “definitivamente sabia que iria terminar assim”, por lembrar de ter ouvidos ruídos “altos como tiros” em uma viagem no submersível nas Bahamas, em 2019.

“É um som e tanto de se ouvir quando você está tão fundo no oceano em uma embarcação que só esteve tão fundo uma vez antes”, disse ele em entrevista ao “60 Minutes” da Austrália, segundo o jornal Daily Mail .

“Quem foi a última pessoa a matar dois bilionários de uma só vez, e fazê-los pagar pelo privilégio?”, questionou.

Segundo o operador, o CEO estava disposto a arriscar a vida dele e de seus clientes para “entrar na história”. Na entrevista, ele mencionou que havia dito ao empresário que acreditava que uma parte do casco do Titan estava quebrada.

Ele compartilhou os e-mails que enviou a Rush alertando sobre o risco que isso representava e disse ter pintado “uma imagem do submarino naufragado no fundo do mar”.

Os alertas, porém, não foram suficientes para convencer o amigo sobre a falta de segurança do Titan. Stanley ainda afirmou que estava oscilando entre dor e raiva, por a tragédia ter sido evitável e inevitável ao mesmo tempo.

Ele também disse que não há dúvidas de que a implosão foi causada pelo tubo de fibra de carbono, parte do submarino sobre a qual avisou Rush.

No dia 22 de junho, a Guarda Costeira informou que os destroços encontrados faziam parte do submersível e apontavam para uma “implosão catastrófica” — o que teria levado à morte de todos os tripulantes, segundo o contra-almirante John Mauger.

Depois, a Guarda Costeira também disse que os corpos podem não ser encontrados devido às condições do acidente e ao local em que ocorreu.

Uma investigação foi aberta para apurar as circunstâncias do ocorrido e, de acordo com o advogado da empresa Brian Wainger, a estimativa da Guarda Costeira é que ela seja concluída em um período de 12 a 18 meses.

Depois, uma audiência pública deve ser feita para ouvir testemunhas.

Fonte: Internacional

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