Neste domingo (10), a Aliança Democrática (AD) surgiu como vencedora das eleições legislativas de Portugal, em uma disputa acirrada. Com 99,01% das urnas apuradas, a coalizão, composta pelo Partido Social Democrata (PPD/PSD), Partido Popular (CDS-PP) e o Partido Popular Monárquico (PPM), assegurou 79 cadeiras no parlamento, capturando 29,49% dos votos.
O Partido Socialista (PS) conquistou 77 cadeiras, representando 28,66% do eleitorado, enquanto o partido de extrema direita, Chega, obteve 48 mandatos, com 18,06% dos votos.
A AD, liderada por Luís Montenegro, declarou vitória afirmando que “é incontornável que a AD ganhou as eleições e o PS perdeu as eleições”. Montenegro destacou a prontidão da coalizão para formar governo, respeitando a vontade do povo português. No entanto, ele enfatizou a necessidade de diálogo político na Assembleia da República para implementar políticas eficazes.
Por outro lado, Pedro Nuno Santos, líder do Partido Socialista, admitiu a derrota, reconhecendo a impossibilidade de alcançar uma maioria. Em seu discurso, Santos afirmou que o projeto do PS não é compatível com o da AD e que a legenda não cederá a pressões externas.
As eleições registraram a participação de 6,1 milhões de eleitores, de um total de 9,2 milhões aptos para votar, segundo dados do Ministério da Administração Interna do país. Esta eleição antecipada foi marcada pela demissão repentina do primeiro-ministro socialista António Costa, em meio a uma investigação de corrupção, intensificando o embate entre os dois partidos centristas que se alternam no poder desde o fim da ditadura fascista há cinco décadas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.