Entre os bairros da capital paulista, o Centro lidera em número de roubos e furtos de celulares neste ano. O dado consta no novo levantamento feito pelo iG com base nos números disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP), entre os meses de janeiro a julho de 2023. Conforme os índices, o Centro registrou um total de 10.506 aparelhos subtraídos somente nesse período.
Em segundo lugar aparece a República (4.510) e, depois, estão os bairros Consolação (3.285) e Bela Vista (3.089), também na mesma região. A Sé, que fica na mesma área, está em quarto lugar, com 2.581 celulares furtados ou roubados.
Nessa quarta-feira (27), a Polícia Militar inaugurou sede da 2ª Companhia do 7º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) na Rua Dom José de Barros, na República, na região central da capital paulista.
A unidade foi inaugurada com o objetivo de diminuir os índices de criminalidade do local e conta com o efetivo de 126 policiais e apoio de 24 viaturas. Agora, a 2ª Companhia passa a ter a própria unidade, já que, antes, dividia a sede com a 1ª Companhia do 7° BPM/M, na Praça Franklin Roosevelt, também no Centro.
De acordo com o Governo de São Paulo, em agosto, a 2ª Companhia registrou uma queda de 24,8% nos roubos e de 1,6% nos furtos, em comparação com mesmo período do ano anterior. Além disso, 50 prisões/apreensões foram realizadas no mês, sendo 34 a mais do que em 2022.
Durante o evento de inauguração, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que só vai ser possível “reconquistar o Centro” fazendo um “domínio de território”. “A nossa preocupação é com os comerciantes, com funcionários e moradores da área central. A Polícia Militar e Civil, integradas com a Guarda Municipal, vão fazer e continuar fazendo o seu melhor”, afirmou.
Na ocasião, ainda foi anunciada a “Operação Impacto – Ação e Movimento pelo Centro”, para concentrar esforços no combate ao crime na região central.
Confira, no gráfico abaixo elaborado pela reportagem, os 20 bairros que mais tiveram aparelhos celulares subtraídos neste ano. Para acessar o número de roubos e furtos, basta passar o mouse por cima de cada barra:
Metodologia
Os números usados no gráfico constam na página de Transparência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Para realizar o levantamento, a reportagem analisou os dados de janeiro a julho deste ano, que somam mais de 200 mil linhas de conteúdo, filtrando pelos crimes de roubo e furto de celulares. Também foi feito o recorte das ruas e avenidas apenas da cidade de São Paulo.
Para coletar os números, a reportagem considerou apenas os roubos e furtos ocorridos em vias públicas, acostamentos, ciclofaixas, semáforos, túneis, viadutos, vielas e em veículos em movimento. Os crimes desse tipo reportados dentro de estabelecimentos, por exemplo, foram desconsiderados.
Ao analisar as ocorrências, foram deletadas as linhas duplicadas, com base na coluna “número do B.O.”, extraída da planilha.
Para realizar o gráfico, foi considerada a quantidade de celulares subtraídos e não o número de roubos. Caso o criminoso tenha furtado três aparelhos em apenas uma ocorrência, por exemplo, o esboço contabiliza como três, e não como um.
O iG entrou em contato com a SSP para comentar os números, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.