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MATO GROSSO

Centro Cultural Casa das Pretas recebe evento que apresenta e debate cultura e luta do povo negro

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A 3° edição do Agitando a Resistência Negra, evento que celebra a cultura e a luta do povo negro, começa nesta segunda-feira (22.05) e segue até sexta-feira (26.05), em Cuiabá. A programação online e presencial tem entrada gratuita e conta com rodas de conversa, mostra de filmes, oficinas, apresentações culturais, exposição e a entrega do prêmio em homenagem à memória do militante negro Geraldo Henrique Costa.

O evento é realizado pelo Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) e Centro Cultural Casa das Pretas, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e outras instituições.

“Este é um projeto que resgata a autoestima da população negra, especialmente das mulheres, e promove o acesso gratuito a bens culturais e atividades formativas, além de valorizar os espaços de expressão artístico-cultural do povo negro”, destaca o secretário-adjunto de Cultura, Jan Moura.

A programação começa com uma mostra audiovisual do cinema negro, realizada em parceria com o Aquilombamento Audiovisual Quariterê, que ocorrerá de forma gratuita. Os filmes ficarão disponíveis online, com exibições até o dia 24. Além das sessões, ocorrerá bate-papo, às 19h, com realizadores uma convidada pelo canal do Youtube do Quariterê.

As rodas de conversa começam nesta terça-feira (23) e seguem até sexta (26), com debate sobre temas importantes para o público, como políticas públicas, legislação, mulheres negras na política e no audiovisual, resistência, saúde, enfretamento do racismo, identidade, empreendedorismo, povos tradicionais e religiões, entre outros assuntos. Além dos debates, o evento oferece oficinas de escrita criativa, samba, dança afro, percussão e tambor.

A maior parte da programação ocorre presencialmente no Centro Cultural Casa das Pretas, localizado na Praça da Mandioca, e algumas atividades serão realizadas no Hotel Mato Grosso Palace, ambos em Cuiabá.

Na programação desta terça-feira ainda tem abertura, às 19h, da exposição ‘Mulheres no Samba’, em homenagem a sambistas cuiabanas. A mostra ficará disponível ao público no Centro Cultural Casa das Pretas.

Na quinta-feira (25), ocorre a entrega do Prêmio Geraldo Henrique Costa, às 20h, no Teatro Zulmira Canavarros. A premiação é um reconhecimento ao trabalho de pessoas que atuam pela defesa da igualdade racial, políticas públicas, ações afirmativas e inclusão do povo negro na sociedade. Estão confirmadas presenças de representantes nacionais do movimento negro e de organizações, além de contar com atrações culturais.

O Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune) é uma organização social sem fins lucrativos, que tem o objetivo de empoderar jovens e mulheres negras para lutar contra o racismo e pela defesa de seus direitos. O trabalho do instituto é feito com ações afirmativas nas áreas de educação, cultura, saúde, direitos humanos e empreendedorismo, realizados com parceiros do Poder Público e Sociedade Civil.

Para outras informações sobre entrada e programação: https://www.instagram.com/casadaspretasmt/ ou entre em contato pelo whatsApp (65 9255-6863).

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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