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Política Nacional

Caso das joias: Glauber Braga detona Eduardo Bolsonaro: “Já devolveu?”

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Glauber Braga
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Glauber Braga


Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) tiveram uma forte discussão na Câmara por causa das joias enviadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro . Os itens de valor entraram no Brasil na bagagem do ex-ministro Bento Albuquerque sem serem declarados.

“Já devolveu o colar? Já devolveu o relógio? E os outros itens de R$ 400 mil que o seu pai levou para casa?”, provocou o parlamentar do PSOL. “Isso, deputado Eduardo Bolsonaro, é corrupção. Vocês têm que responder, por isso devolvam aquilo que levaram”.

A discussão teve início quando Eduardo insinuou que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA) possui relação com o crime organizado do Rio de Janeiro. O ex-governador do Maranhão visitou nesta quarta-feira (15) o complexo de favelas da Maré.

“Flávio Dino foi visitar o Complexo da Maré, a comunidade dominada pelo tráfico de drogas mais bem armada do Rio de Janeiro, com dois carros. Ele chegou ali com dois carrinhos. Ou seja, está tudo armado ali com o tráfico de drogas”, declarou o bolsonarista. “Galera do CPX tá: ‘ó, pode chegar, que tá na boa’. E será que ele vai lá pedir o recadastramento das armas do vagabundo? Não. Ele vai lá dar segurança”.

Glauber defendeu o Rio de Janeiro

Glauber Braga se sentiu ofendido com a frase de Eduardo e resolveu rebater Eduardo Bolsonaro. O psolista acusou o colega de tentar criminalizar as comunidades mais pobres do Rio de Janeiro.

“É engraçado, presidente, que o deputado Eduardo Bolsonaro, sempre que tem a oportunidade, tenta criminalizar alguma comunidade do Rio de Janeiro. Só que a maior apreensão de armas e de fuzis foi feita a partir da pista do condomínio do pai dele! A grande apreensão de cocaína estava onde? No avião do pai dele!”, atacou o psolista. “Está querendo enganar a quem?”, disparou.

Bolsonaro terá que devolver os conjuntos de joias dados pelo governo saudista. A decisão foi do Tribunal de Contas da União. Ele tem cinco dias para entregar os itens valiosos.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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