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Economia

Carro, casa ou viagem: como juntar dinheiro para realizar um sonho?

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Poupar é a chave para realizar sonhos
Unsplash/Towfiqu barbhuiya

Poupar é a chave para realizar sonhos

Casa própria, carro, viagem, videogame, reforma da casa ou um eletrodoméstico novo. Mais ou menos caros, os sonhos que envolvem gastos precisam envolver, também, planejamento financeiro.

Especialistas em finanças pessoais recomendam que todo gasto deve ser planejado. Se houver a possibilidade de esperar, o melhor é juntar o dinheiro antes e gastar depois, para não entrar em dívida.

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Cuidado com empréstimo para realizar sonho

João Victorino, especialista em finanças pessoais, orienta que o primeiro passo para planejar um sonho é avaliar quão necessário é o item que se deseja comprar. Por exemplo, se uma pessoa usa o carro para trabalhar e precisa de um modelo novo, ou se uma família precisa com urgência de uma reforma na casa, João afirma que é possível pegar crédito para alcançar esses objetivos. “Essas são o que a gente chama de dívida boa”, diz o especialista.

Mesmo para “dívidas boas”, João comenta que é necessário planejamento para pegar o crédito. Uma dica é pesquisar bastante, avaliando a taxa de juros em diversas instituições financeiras. Também é importante negociar com os bancos para conseguir taxas melhores.

Depois de fazer um empréstimo, é necessário manter o planejamento do orçamento familiar para conseguir realizar o pagamento das parcelas, sem se afundar nas dívidas.

Guardando antes, gastando depois

Já para gastos não essenciais, como viagens ou eletrônicos, por exemplo, o conselho é guardar o dinheiro primeiro e, só depois, gastá-lo. “Tomar crédito para consumo é bastante complicado”, afirma João.

Nesse caso, a dica é se planejar. Se a família pretende fazer uma viagem no final do ano, por exemplo, é necessário saber quanto ela vai custar para organizar quanto será guardado por mês. Assim, quando a viagem chegar, ela já estará quitada, sem que sobrem dívidas para depois.

“Vamos supor que a quantia que eu economizo por mês atualmente não é o suficiente para alcançar o valor da viagem. Então, vamos precisar de mais dinheiro. Como família, temos que pensar quais gastos vamos cortar para aumentar a sobra mensal e atingir o objetivo”, exemplifica João.

A educadora financeira Luciana Ikedo orienta que sejam estabelecidas metas de curto, médio e longo prazo para que os sonhos sejam realizados. “Quando estabelecemos metas, transformamos nossos sonhos em objetivos, e assim fica mais fácil alcançá-los. Quando somente sonhamos e não colocamos no papel, existe a chance desses sonhos nunca se tornarem realidade”, afirma.

Além de colocar tudo no papel, Luciana também aconselha que os juros compostos sejam usados a favor dos sonhos. Para isso, é possível aplicar uma quantidade mensal em investimentos de renda fixa datados para quando o sonho será realizado. “Quando temos a dimensão de qual o preço desses sonhos, podemos traçar uma estratégia”, diz a especialista.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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