O candidato independente à Presidência dos Estados Unidos e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, Robert F. Kennedy Jr., admitiu neste domingo (4) que jogou um filhote de urso morto no Central Park, em Nova York porque achou que seria “divertido”.
O candidato detalhou a história, que aconteceu há dez anos, em um vídeo nas redes sociais, antecipando os seguidores sobre um artigo do jornal The New Yorker sobre o assunto. “Estou ansioso para ver como vocês vão interpretar essa história”, disse ele.
No vídeo, Kennedy conta o episódio à atriz Roseanne Barr. O candidato conta que dirigia pelo Hudson Valley quando viu uma mulher em uma van atropelar e matar um urso jovem.
“Encostei o carro, peguei o urso e o coloquei no banco de trás da minha van, porque eu iria esfolá-lo. Ele estava em ótimas condições e eu ia colocar a carne na minha geladeira”, conta.
O presidente, então, diz que se lembrou que precisava participar de um jantar no Peter Luger Steak House em Nova York e seguir para o aeroporto, o que o obrigaria a se livrar do urso.
Ele, então, decidiu deixá-lo no Central Park com uma bicicleta velha para que parecesse que o animal havia sido atingido por ela.
Kennedy diz que ficou preocupado quando as autoridades investigaram a cena do crime, “porque minhas impressões digitais estavam por toda a bicicleta”.
Morte do urso chocou Nova Yorque
De fato, o caso do filhote de urso encontrado morto no Central Park causou um grande alvoroço em 2014. Uma mulher encontrou o animal deitado sobre arbustos, parcialmente escondido por uma bicicleta abandonada. Segundo reportagens da época, o filhote tinha 6 meses e pesava 20 kg.
Dias após o corpo do animal ser encontrado, o Departamento de Conservação Ambiental do estado afirmou que foi realizada uma necropsia, que indicou “ferimentos por força bruta consistentes com uma colisão de veículo motorizado”.
A repórter Tatiana Schlossberg, que coincidentemente é filha da prima de primeiro grau de Robert F. Kennedy Jr., foi quem cobriu a história para o New York Times na época. No domingo à noite, disse que “assim como a polícia, não tinha ideia de quem era o responsável por isso quando escrevi a história”.