Nesta segunda-feira (1), inicia um novo mês e também novas campanhas de conscientização. Julho marca o início de duas ações importantes para a saúde pública no Brasil, destacadas pelas cores amarelo e verde.
O Julho Amarelo é dedicado à luta contra as hepatites virais, enquanto o Julho Verde foca na prevenção do câncer de cabeça e pescoço.
Julho Amarelo
A campanha Julho Amarelo visa conscientizar a população sobre as hepatites virais, que podem levar à cirrose hepática e ao câncer de fígado. Durante este mês, várias ações são promovidas em todo o País para reforçar a prevenção e controle dessas doenças.
Instituída pela Lei nº 13.802/2019, a campanha destaca a importância de entender a hepatite, uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus (A, B, C, D e E), uso de medicamentos, consumo de álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Entre os principais desafios está o fato que nem todos os pacientes apresentam sintomas, o que dificulta a busca por tratamento. Quando ocorrem, os principais incluem, cansaço, febre, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Julho Verde
O Julho Verde traz a conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, que abrange tumores na boca, tireóide, garganta, laringe, faringe, paratireóide, traqueia e região sinonasal. O principal objetivo da campanha é alertar sobre a importância do diagnóstico precoce desses tumores, que costumam apresentar sintomas negligenciados, levando a diagnósticos tardios.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre 2023 e 2025, aproximadamente 40 mil novos casos desses cânceres serão diagnosticados no Brasil. A campanha é organizada pela Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil).
A Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) recomenda medidas preventivas como evitar fumar, reduzir o consumo de álcool, adotar uma alimentação saudável rica em frutas, verduras e legumes, manter boa higiene bucal, usar protetor solar, evitar exposição prolongada ao sol, utilizar preservativos no sexo oral e vacinar meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos contra o HPV.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.