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MATO GROSSO

Campanhas de Adoção e violência contra a mulher são destaques em campeonato de futebol

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O Campeonato Mato-Grossense de Futebol iniciou no último fim de semana a sua fase mata-mata. A competição além de trazer a disputa da maior paixão nacional, o futebol, também trouxe informações sobre Adoção e Violência Contra as Mulheres. Nos jogos das quartas de final entre Luverdense x Dom Bosco e Academia x Operário-VG jogadores de cada equipe entraram com faixas sobre as temáticas para lembrarem as torcidas sobre a importância destes temas. Uma parceria entre o Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT) e a Federação Mato-Grossense de Futebol.
 
O tema de Combate à Violência Contra a Mulher é desenvolvido pela Presidência do Tribunal de Justiça e a campanha da Adoção é realizada pela Corregedoria, ambas do Poder Judiciário. A Alta Administração da Justiça estadual acredita que a população deva receber ainda mais conhecimento sobre legislação e também boas práticas que envolvam os referidos temas. “São temáticas que necessitam da quebra de tabus e esclarecimentos, por isso, pelo segundo ano consecutivo estamos desenvolvendo a campanha no âmbito do esporte preferido do brasileiro, o futebol, pois sempre gera bons resultados”, destacou o corregedor-geral, desembargador Juvenal Pereira da Silva. Pela Corregedoria a juíza auxiliar Christiane da Costa Marques Neves é a responsável pelas campanhas.
 
A ideia é chamar atenção das torcidas e amantes da modalidade em Mato Grosso. Mais informações sobre as temáticas podem ser localizadas no site do www.tjmt.jus.br nos banners da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), da Campanha Violência Doméstica Quebre o Ciclo e da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher).
 
Os links oferecem programas, projetos e ações do Poder Judiciário, coordenados pela Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria-Geral, destinados aos interessados em Adoção e em se evitar problemas ligados à Violência Doméstica. Para adoção os interessados podem acessar diretamente o site http://adocao.tjmt.jus.br/.
 
As faixas continuarão sendo mostradas pelas equipes que disputam o campeonato até a grande final. Elas ganham reforço ainda de uma faixa que traz os números para denúncia: o 180 e 190, uma solicitação da juíza Ana Graziela Vaz de Campos, titular da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá.
 
Além dos torcedores nos estádios a campanha também atinge quem acompanha o Campeonato Mato-Grossense de Futebol pela televisão, rádio e internet.
 
Telefones de interesse:
 
Ceja (65) 3617-3121 e 3617-3191
Vara da Infância e Juventude de Cuiabá/MT (65) 3645-8200
Vara da Infância e Juventude de Várzea Grande/MT (65) 3688-8471
Ampara – Grupo de Apoio à Adoção: (65) 3644-2559, 3645-8217 e 99922-0778 (whatsApp).
 
#Paratodosverem Esta matéria possui recursos de texto alternativo para inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: foto horizontal colorida. Foto 1: Os jogadores da equipe Academia e crianças seguram a faixa sobre a temática Violência Doméstica e Familiar. Entre os dizeres na faixa está: Vamos virar esse jogo. Denuncie Ligue 190. Foto 2: Os jogadores do Dom Bosco seguram a faixa com os dizeres: Adotar é um ato de amor. Adote uma criança!
 
Ranniery Queiroz/ Larissa Klein
Assessoria de imprensa CGJ-TJMT
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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