Connect with us

BRASIL

Caminhos da Reportagem percorre padarias históricas no Brasil

Publicado

em

O Rio de Janeiro do artista plástico francês Debret contava com apenas seis padarias em 1816. A informação é do próprio Debret, considerado um dos primeiros cronistas da vida urbana brasileira. Práticas e cheias de charme, as padarias e confeitarias representam um setor que vem crescendo no Brasil desde 2018. E experimentar esses sabores pode ser uma deliciosa forma de se aproximar um pouco mais da história do país. 

“O aparecimento das padarias no Brasil vai se dando por caminhos diversos. Onde começava ter a urbanização, a formação de vilas e freguesias, ali começava também a se estabelecer comércios no padrão de padarias, conta o historiador Augusto Cezar de Almeida Neto, autor do livro A História da Panificação Brasileira. “A confeitaria se tinha em vários locais maiores. Era onde a elite da cidade ia se encontrar”, complementa. 

A equipe do programa Caminhos da Reportagem percorreu algumas das confeitarias mais antigas e tradicionais do Rio e mostra a história por trás de doces famosos da culinária brasileira.  Como o caso do quindim, de origem portuguesa que foi adaptado no Brasil. “A gente tem a adaptação através das africanas fazendo doces que seriam relidos, receitas portuguesas que seriam relidas e recriadas com os ingredientes que a gente tem aqui”, conta Raquel Oliveira, guia de turismo do tour “Doces Histórias”.

CAMINHOS DA REPORTAGEM (10/03) - PELO DIREITO DE SORRIR. - A guia de turismo Raquel Oliveira do tour Doces Histórias. Foto: TV Brasil CAMINHOS DA REPORTAGEM (10/03) - PELO DIREITO DE SORRIR. - A guia de turismo Raquel Oliveira do tour Doces Histórias. Foto: TV Brasil

Raquel Oliveira orienta o tour Doces Histórias, no Rio de Janeiro – TV Brasil

 Na Casa Cavé, conhecemos a primeira confeitaria ainda em funcionamento do Rio, fundada em 1860 pelo francês Charles Cavé. E bem próximo a ela, no centro da cidade, a icônica Confeitaria Colombo, ponto turístico e símbolo da chamada Belle Époque carioca. 

Já a padaria mais antiga ainda em funcionamento no Brasil fica na região da Sé, centro histórico de São Paulo. A Padaria Santa Tereza foi fundada em 1872 e mantém no cardápio itens tradicionais como a chamada coxa creme. O estabelecimento passou por reformas em 2006 para a preservação e reprodução de características da construção original.

 “Então, por exemplo, os batentes da porta foram mantidos. A gente acredita que eles têm mais de 150 anos. As madeiras do chão, nós imitamos as que existiam, trouxemos algo muito semelhante. Os ladrilhos também, fizemos o mesmo desenho”, conta Natalia Maturana de Almeida, proprietária da padaria. “Tudo isso para as pessoas realmente saírem do elevador e terem esse momento, como se estivesse entrando numa linha do tempo”, disse. 

De acordo com pesquisa do Sebrae,  existem hoje cerca de 270 mil padarias e confeitarias formalizadas e ativas no Brasil. A maior parte em São Paulo, que concentra 25% dos negócios, seguido por Minas Gerais (12%) e pelo Rio de Janeiro (11%).

“Desde 2018 é um setor que vem crescendo. Em 2020, 2021 foram os anos que mais cresceu, provavelmente em função dos hábitos do mercado que mudaram. Muitas pessoas ficaram desempregadas e enxergaram na panificação uma segunda atividade. Além disso, as pessoas viram também como uma oportunidade de negócios em função de todas as pessoas estarem em casa”, disse Suelen Costa, analista do Sebrae Rio.  “E muitos continuam com essa atividade de panificação. Não foi só temporário, eles permaneceram”, explicou a especialista. 

CAMINHOS DA REPORTAGEM (10/03) - PELO DIREITO DE SORRIR. - Catia Lopes sócia da padaria lixo zero Padoca. Foto: TV Brasil CAMINHOS DA REPORTAGEM (10/03) - PELO DIREITO DE SORRIR. - Catia Lopes sócia da padaria lixo zero Padoca. Foto: TV Brasil

Catia Lopes sócia da padaria lixo zero Padoca – TV Brasil

Foi justamente durante a pandemia que começou a história da primeira padaria Lixo Zero do Brasil, a Padoca, aberta pela paulista Cátia Lopes e a sócia em Brasília. O estabelecimento se tornou uma referência ao atingir a taxa de 96,2% de desvio de aterro, dois anos depois de abrir as portas. 

“O sucesso vai vir realmente quando o meu cliente sentar à mesa e se sentir à vontade, sabendo que é para ele consumir segurando uma folha de bananeira, que aquilo ali não é um lixo. Aquilo é um resíduo que vai voltar para terra, vai ter uma compostagem e gerar outro alimento. Então, o sucesso virá dentro desse processo. A gente está no caminho”, avalia Cátia. 

Fonte: EBC GERAL

Continue Lendo

BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

Publicado

em

Por

Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora