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MATO GROSSO

Caminhada Consciência Negra: Judiciário e parceiros lutam por sociedade mais justa e com equidade

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Maioria no Brasil e minoria nas faculdades, a pessoa preta, ainda hoje, luta para provar que a cor de sua pele não define seu lugar na sociedade. Em apoio a essa batalha, o Poder Judiciário de Mato Grosso, juntamente com parceiros, realiza em 20 de novembro a ‘Caminhada Consciência negra’. O evento é gratuito e aberto a todos os públicos que se identificam com a causa.
 
A concentração será às 8h, na Praça 8 de abril. Na sequência, o grupo irá descer as avenidas José Monteiro de Figueiredo (antiga Lava Pés) e Miguel Sutil até chegar ao Parque Mãe Bonifácia.
 
A campanha é realizada pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso e conta com os seguintes parceiros: Escolas dos Servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Magistratura Mato-Grossense, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros. Também estarão na caminhada a Associação Mato-Grossenses dos Magistrados, Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania, bem como Água Puríssima.
 
Durante a caminhada, dentre as vertentes que serão abordadas, está a homenagem a algumas personagens que lutaram pelas vidas pretas como Tereza de Benguela e Mãe Bonifácia.
 
Benguela foi líder de um dos maiores quilombos de Mato Grosso, se não do maior, chamado Quilombo do Piolho ou do Quariterê. Sob suas orientações, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas. Era conhecida como “Rainha Tereza”. Enquanto estava viva, comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou roubadas das vilas próximas. Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em instrumentos de trabalho, visto que dominavam o uso da forja.
 
Já Mãe Bonifácia foi uma negra alforriada que teve papel crucial na vida da população preta da Cuiabá do século 19. Ela acolhia e orientava os escravos a seguirem pela água para que não pudessem ser farejados por cachorros e encontrados pelos feitores da época. Ela era chamada de mãe pelo fato como era bondosa com os negros. Hoje ela empresta seu nome à um dos grandes parques da Capital mato-grossense, o Parque Mãe Bonifácia, localizado na Avenida Miguel Sutil.
 
 
Serviço
 
O que: Caminhada Consciência Negra
 
Quando: 20/11, a partir de 8h
 
Onde: da Praça 8 de abril até Parque Mãe Bonifácia
 
Contato: (65) 99943-1576 – Assessora de Imprensa da Esmagis-MT
 
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens: Peça publicitária colorida de amarelo, branco e preto. Foto de mulher negra com cabelo afro. Texto: Caminhada Consciência Negra – Escola do Sistema de Justiça de Mato Grosso. 20/NOV – 8h, Praça 8 de abril. Abaixo logos dos parceiros.
 
Keila Maressa 
Assessoria de Comunicação 
Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis)
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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