A Câmara Setorial Temática (CST) da Apicultura Profissional e Recreativa realizou, na manhã desta quinta-feira (13), a 1ª reunião ordinária da CST. Ela foi criada para fazer o diagnóstico da cadeia produtiva e discutir políticas públicas de incentivo à apicultura no estado.
O presidente da CST, ex-deputado José Lacerda, afirmou que os debates serão transformados em discussão nacional. Mas, para isso, é preciso à compreensão da realidade de todo o país sobre a atividade econômica da apicultura. “Infelizmente, é um setor que não tem valoração nem política, nem econômica, nem linhas de crédito e nem de tecnologias adequadas”, disse Lacerda.
Lacerda lembrou que a CST recebeu um convite de apicultores do município de Aquidauana (MS). “Vamos viabilizar a ida até os produtores de mel do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Por isso, temos que nos subsidiar de informações sobre a produção de mel em Mato Grosso”, a data ainda não foi confirmada.
A zootecnista e especialista em apicultura no estado de Goiás, Gabriela G. de Souza, participando por vídeo conferência, afirmou que 2/3 dos alimentos que as pessoas consomem são originários da polinização feitas pelas abelhas.
“Na parte econômica, o café produz cerca de 90% de aumento da produção quando são polinizados pelas abelhas. Mas para isso, é fundamental que o apicultor esteja qualificado. Em outros setores, o aumento da produção e o crescimento econômico chegam a 10%”, explicou zootecnista.
Gabriela de Souza pontuou que entre as dificuldades enfrentadas pelos apicultores de Goiás está relacionado à conscientização de outros produtores em fazer a pareceria com a apicultura. “Além disso, não há nenhum setor que auxilie os apicultores quando ocorre crimes ambientais. Em Goiás não é feita análises laboratoriais em abelhas mortas de forma criminosa (agrotóxicos). Isso é feito em São Paulo. O tempo passa e os apicultores acabam perdendo as amostragens”, afirmou Souza.
O médico veterinário Hélio Ferreira da Silva ministrou uma palestra com o tema “Apiário Forte, Produtividade Alta. Segundo ele, a atividade da apicultura é benéfica a todos os segmentos econômicos, às abelhas e para a humanidade.
“Mas se a exploração acontecer de forma indiscriminada, quando é feita pela agricultura paralela. Isso significa em técnica da produção de mel em que se aproveita abundancia dos enxames voadores. A natureza oferece uma enxurrada de enxames, mas não está sendo aproveitado pelos agricultores. Parece-me que o homem vive mergulhado em enxurrada de tecnologia e ficamos confusos e não conseguimos aumentar à produção de mel”, disse.
A iniciativa da CST é do deputado Wilson Santos (PSD), que defende o incentivo para aproveitar potencial ambiental do estado para impulsionar setor apícola e estimular desenvolvimento econômico por meio de políticas públicas que garantam o desenvolvimento tecnológico, assistência técnica, certificação de origem e instituição de selo de qualidade.
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