O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse que seu partido, o União Brasil, não deve estar ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais de 2026.
“Não acredito que [o partido] vá caminhar com o Lula nas eleições de 2026. Eu, por exemplo, administro um Estado em parceria com prefeitos do PT e do PSB, mas não estarei no palanque deles.”
Segundo o governador, o União Brasil “caminha ao lado do governo nos projetos de interesse” do país, mas também “é um partido de uma visão conservadora, e seguirá sendo”.
Além disso, ele afirma que “o somatório de várias ações” faz com que ele se coloque como pré-candidato no pleito vindouro.
“Me refiro tanto ao que faço no governo de Goiás, quanto ao que fiz no Congresso, enquanto parlamentar. Também me coloco à disposição para disputar a Presidência por me orgulhar dos índices de educação, saúde e geração de empregos obtidos. Temos uma ação completa que me credencia”, disse ele em entrevista ao jornal O Globo neste sábado (27).
Velhos rivais
Caiado e Lula têm um longo histórico de rivalidade política – logo, a possibilidade dele voltar a concorrer a presidência contra Lula seria um novo capítulo dessa história.
Eles travaram uma forte disputa em 1989, primeira eleição livre e direta para Presidente da República após o fim do regime autoritário que impôs uma ditadura militar no Brasil de 1964 a 1985.
Na ocasião, ambos se enfrentaram no 1º turno, com uma vitória de Lula que conseguiu disputar o 2º turno contra o candidato Fernando Collor de Melo, que acabou eleito mas foi deposto em 1992, acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello, na matéria de capa de uma edição da revista Veja naquele mesmo ano.
Itamar Franco assumiu a presidência após o Impeachment de Collor, e Lula ainda sofreu duas derrotas eleitorais consecutivas para Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, antes de eleger-se presidente pela primeira vez em 2002.
Caiado e Bolsonaro
Em 2018, Caiado (que é médico) apoiou Jair Bolsonaro na eleição presidencial, mas acabou se afastando durante a pandemia de covid-19 , devido à negação à ciência e às vacinas promovida durante o mandato de Bolsonaro. O ápice do conflito entre eles se deu quando o então presidente decidiu demitir Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde que havia sido indicado por Caiado.
Em 2022 o atual governador de Goiás voltou a apoiar o nome de Bolsonaro na eleição vencida por Lula, alegando que apesar das discordâncias que teve com Bolsonaro, vê nele a capacidade de persuadir milhares de brasileiros, mobilizando votos mesmo após ter ficado inelegível. No mesmo ano, Bolsonaro apoiou a corrida eleitoral de Caiado ao Governo do Estado de Goiás.
“Trabalharei, sim, para ter o apoio dele à minha candidatura. Acho que nenhum martelo está batido, ainda estamos em um processo de avaliar gestões e os cenários possíveis até 2026. Eu não posso transferir para ele a responsabilidade da minha pré-campanha. Eu preciso é fazer por onde merecer este apoio.”
Questionado sobre as investigações que pesam sobre Bolsonaro, sua família e aliados próximos, Caiado afirmou que não discutirá decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas chegou a dizer que “se as operações realmente não tiverem o mínimo de resultado prático, vai ficar difícil dele [Moraes] explicar isto”.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.