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BRASIL

Cães e gatos também são considerados espécies invasoras no Brasil

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Cães e gatos são os animais domésticos mais populares do mundo. Para muitos brasileiros, são parte da família. Mas o que nem todos sabem é que esses famosos pets são considerados espécies exóticas invasoras no Brasil.

Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, são espécies que ameaçam a fauna silvestre nativa de várias formas, inclusive invadindo unidades de conservação. Há alguns anos, o Parque Nacional da Tijuca, localizado dentro da cidade do Rio de Janeiro, vem alertando sobre a presença de cachorros dentro de seus limites.

O parque não só impede a entrada de visitantes que estejam acompanhados de pets, como tem tentado conscientizar os moradores do entorno da unidade de conservação de que seus animais de estimação não podem ficar soltos.

“Os animais domésticos, gatos e cachorros, também têm potencial grande de causar desequilíbrio. Eles são animais que têm por hábito a caça, podem interferir no equilíbrio ecológico dessa floresta e podem levar doenças para os animais locais”, explicou a chefe do Parque, Viviane Lasmar. “A gente tem um problema sério de animais domésticos das casas do entorno, que muitas vezes ficam soltos ou são soltos para dar uma volta e entram nas nossas áreas protegidas. Temos vários projetos de reintrodução de fauna nativa que podem estar sendo prejudicados pela presença desses animais”, acrescentou.

Conscientização

Para o doutor em Ecologia e Evolução e pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Jorge Antonio Lourenço Pontes, a sociedade precisa lidar com a situação de cães e gatos que vivem soltos nas cidades.

“Não interessa politicamente falar de fauna silvestre. Interessa, sim, falar de cão e gato de rua. É mais fácil um político arrastar milhares de votos se falar que defendeu o cachorro de rua do que falar que defendeu a serpente silvestre, que ninguém gosta. É mais fácil o cara falar do gato de rua do que o cara resolver o problema de onças que estão sendo atropeladas ou caçadas. Tem vários trabalhos científicos mostrando os estragos que cães e gatos fazem nas unidades [de conservação], mas ninguém toma providência. Porque se alguém tentar fazer controle, se levantam políticos, se levanta a população contra. A gente já passou dessa fase, estamos numa situação de problema crítico da biodiversidade e para a saúde humana”.

Segundo ele, é preciso pensar em formas de conter esses animais. Castração de cães e gatos de rua resolve apenas parcialmente o problema, já que o animal continua causando impacto por anos. Colocá-los em abrigo é inviável, devido à limitação de espaço e ao alto custo disso.

“Animal de rua tem que ser retirado. Além do problema na fauna silvestre, tem o problema de disseminação de doenças. Tem toxoplasmose, filariose. Acho que todos os animais domésticos dentro de casa tinham que ser microchipados e registrados num órgão oficial, porque se achou o animal depois na rua, o microchip vai saber de quem é e a pessoa tem que ser multada”.

A eutanásia de cães e gatos é regulada pela Lei Federal 14.228, de 2021, que proíbe a eliminação da vida desses animais sem uma justificativa sanitária, seja ela o bem-estar do próprio animal, seja o risco de propagação de doenças que coloquem em risco a saúde humana ou de outros animais.

A Agência Brasil tentou ouvir o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre as estratégias para lidar com espécies exóticas invasoras, mas não teve resposta.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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