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MATO GROSSO

Cadeia Pública de Barra do Garças recebe terceira Ação Coletiva de Educação em Saúde

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Ações voltadas à prevenção e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis foram realizadas na Cadeia Pública de Barra do Garças (518 km de Cuiabá), durante a terceira Ação Coletiva de Educação em Saúde, nesta quinta-feira (09.05).

Na ocasião, os reeducandos puderam fazer o teste rápido para detecção de doenças e infecções. O projeto é realizado por profissionais da área de saúde da unidade, em parceria com os professores e alunos do Centro Universitário do Vale Araguaia (Univar).

O professor e enfermeiro, Marcos Vítor Carrijo destacou que o projeto visa ampliar serviços de promoção e prevenção à saúde, oferecendo orientações à população privada de liberdade e proporcionando uma oportunidade de aprendizado aos universitários.

Segundo o professor, o objetivo é desmistificar o preconceito específico a essa população, incentivando que os acadêmicos de enfermagem, logo nos primeiros anos de formação, tenham contato com os reeducandos, que por vezes ainda sofrem muito preconceito.

“A partir dessa desmistificação, podemos mostrar aos alunos de enfermagem a potencialização que existe na educação em saúde. Dessa forma, nos dividimos ao longo do ano em encontros mensais e abordamos temas relacionados às infecções sexualmente transmissíveis, à alimentação saudável, à prática de exercício físico, às questões relacionadas à inteligência emocional e aspectos da saúde mental, todos pautados na promoção à saúde desses indivíduos que vivem privados de liberdade”, disse Marcos.

Além das ações coletivas, os reeducandos da Cadeia Pública passam por atendimentos individuais. Neste ano foram 723 atendimentos médicos e 980 de enfermagem.

Para execução dessas atividades individuais e coletivas é elaborado um relatório semestral de acordo com as carências levantadas pela própria equipe da unidade. Essas ações são desenvolvidas em parceria com professores, universitários e também com as secretarias de Saúde do Município e do Estado.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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