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MATO GROSSO

Cachorro-vinagre resgatado em Mato Grosso é levado para BioParque no Pará

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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) levou um cachorro vinagre que foi resgatado em Mato Grosso para o BioParque Vale Amazônia, em Parauapebas, no estado do Pará. O animal selvagem consta na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção na categoria Vulnerável (VU), publicada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima.

A fêmea adulta foi resgata pela concessionária Via Brasil próximo à rodovia na região de Sorriso. Ao ser encontrada atordoada, os responsáveis entraram em contato com a Sema que encaminhou o animal silvestre para uma clínica em Sorriso, credenciada pela Secretaria.

Os exames constataram uma boa condição física, sem traumas e fraturas e descartou suspeita de atropelamento. Desta forma, após passar por tratamentos hormonais para viabilizar a reprodução, a fêmea foi liberada.

“Por ser um animal silvestre de alto peso ecológico e considerando o risco de contaminação de outros animais domésticos por estar em uma clínica, organizamos o transporte terrestre para que a fêmea de cachorro vinagre fosse enviada em segurança para um recinto apropriado no estado do Pará, importante para a conservação da espécie”, explicou o coordenador de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Eder Toledo.

No BioParque, a fêmea ficará em quarentena e será colocada em um recinto definitivo onde já tem um macho da mesma espécie, que foi levado também pela Sema em 2020, com a intenção de reproduzir para perpetuar a espécie.

Plano de Ação Nacional para Conservação da Espécie

Em 2018, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica para a implantação dos programas de manejo ex situ de espécies ameaçadas. Entre os animais que integram o programa estão onça-pintada, cachorro-do-mato-vinagre, lobo-guará e cervo-do-Pantanal.

Desta maneira, todas as destinações, pareamentos, transferências e manejos ex-situ que envolvam indivíduos das espécies-alvo dos Programas de Cativeiro Oficiais, deverão ser definidas no âmbito de seu respectivo Programa.

Os órgãos de meio ambiente estaduais são consignatários deste acordo dentro do Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação da espécie.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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