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Buraco do Tatu é reinaugurado com novo pavimento e símbolo do Marco Zero

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Buraco do Tatu é reinaugurado com novo pavimento e símbolo do Marco Zero
Agência Brasília

Buraco do Tatu é reinaugurado com novo pavimento e símbolo do Marco Zero

A manhã de 1º de agosto de 2024 entrou para a história da capital federal . O dia, que seria lembrado pela liberação do trânsito no Buraco do Tatu – a passagem que conecta os eixos rodoviários Norte e Sul no Plano Piloto – após a primeira grande reforma do pavimento e da estrutura dos últimos 60 anos, ganhou uma simbologia ainda mais especial. Mais do que a reabertura de uma via por onde circulam 150 mil motoristas diariamente, esta quinta-feira se transformou na recuperação da memória de Brasília, com a inauguração do símbolo da Estaca Zero, mais conhecido como Marco Zero , ponto que serviu de referência para a ordenação numérica da quilometragem da área central da cidade.

Agora, quem passar pela via terá mais do que a experiência de andar em um novo pavimento completamente reestruturado: poderá conferir a cruz de Lucio Costa reproduzida nas duas paredes com o título Marco Zero , além da própria representação da estaca no chão que foi fincada há 67 anos, em 20 de agosto de 1957, pelo engenheiro e topógrafo Joffre Mozart Parada, então chefe da equipe de topografia da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) . Foi apenas após a implantação do Marco Zero que as escalas urbanas – definidas no papel pela equipe de Divisão de Urbanismo da Novacap – puderam, então, ser transferidas para o chão da então futura capital.

“A gente fica muito feliz de poder contar essa história dessa capital da República que tanto nos encanta e que encanta a todos que vieram do Brasil todo, e aqueles que nos visitam. Então é mais um ponto turístico para a cidade. Aos domingos, quando o Eixão estiver fechado, certamente as pessoas vão passar por aqui e poder fazer essa visita maravilhosa”, destacou o governador Ibaneis Rocha. No primeiro domingo após a inauguração do Marco Zero, o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) preparou uma programação para quem decidir visitar o novo ponto instagramável da capital.

Em relação à obra, o governador destacou a necessidade da intervenção e a celeridade com que os serviços foram concluídos para beneficiar os milhares de motoristas que utilizam a via para circular pelo Distrito Federal. “Sem dúvida nenhuma, era uma reforma necessária. Mais de 60 anos do Buraco do Tatu, um ponto de Brasília que tem um fluxo muito grande de pessoas. Uma obra maravilhosa em um prazo muito curto de 30 dias”, afirmou.

Foram investidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) R$ 2 milhões para a recuperação do trecho de 700 metros. O serviço foi feito pelas equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), com auxílio do maquinário próprio do órgão e em parceria com empresas que têm contratos com o GDF e com a Novacap. Os trabalhos foram efetuados em julho, em função das férias escolares, para minimizar os transtornos aos motoristas.

A obra consistiu na restauração do asfalto em concreto, substituição das placas de concreto danificadas, tratamento das juntas de dilatação, lavagem das paredes azulejadas e do teto, limpeza e desobstrução das caixas de drenagem e sinalização horizontal e vertical. A liberação do trânsito de veículos na passagem ocorreu depois da cerimônia de reinauguração do espaço.

“Muito mais do que 700 metros de obras, fizemos em um mês a revitalização de todo o Buraco do Tatu”, disse o presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Junior. “Esse pavimento de concreto existe há 60 anos, desde a construção de Brasília, e nunca tinha sido mexido. Com isso, as placas de concreto vão trabalhando, vão criando um desnível e gerando um desconforto no fluxo de veículos. Isso acabou. Foram mexidas as juntas de dilatação e niveladas. Aproveitamos para poder limpar e pintar todas as paredes, e toda a drenagem pluvial foi desobstruída.”

Descoberta histórica

A recuperação da Estaca Zero ocorreu durante as obras. Os operários foram surpreendidos com os trechos do módulo de concreto do marco, confirmado por técnicos DER-DF, embasados em documentos do Arquivo Público, e foi decidido fazer a remarcação para que a história fosse conhecida por todo brasiliense e visitante da cidade.

“Isso tudo envolve a preservação da memória, porque essa é uma informação que agora vai ser perpetuada”, defendeu o superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano. “Esse é um momento histórico. Quando Lucio Costa cruzou os dois eixos, ele não imaginava que aqui hoje estaríamos cruzando os eixos do passado e do futuro, porque agora cada brasiliense e cada pessoa que passar por aqui vai saber que foi exatamente aqui que Brasília nasceu. Esse é o ponto exato e esse é o momento do renascimento de Brasília.”

Para o historiador do ArPDF, Elias Manoel da Silva, a data ficou marcada como a reabertura da história de Brasília. “Esse ponto é importante porque todos os elementos da cidade são pensados a partir da Estaca Zero. Hoje nós estamos revendo a história de Brasília não a partir de qualquer elemento, mas a partir do elemento fundador: o ponto onde toda a cidade foi pensada, produzida e deixada para nós até hoje”, revelou.

A retomada da memória do Marco Zero não é importante apenas para a história de Brasília. Para a família de Joffre Mozart Parada, é uma forma de reconhecer a importância do engenheiro e topógrafo na construção da capital federal.

“Ele era um homem muito fechado, carrancudo. Não falava com ninguém. Ele passava aqui com a gente, mas nunca falou que foi ele que demarcou. Nada disso ele falava. Então, para nós é muito gratificante aparecer o nome dele, que era uma coisa que a gente sempre quis”, destacou uma das filhas de Joffre, a aposentada Gláucia Marina Nascimento, 78 anos.

A engenheira civil Thelma Consuelo Ribeiro, 69, outra filha de Joffre Mozart Parada, reforçou as palavras da irmã: “Agora está tudo bem-demarcado, tem os desenhos nas laterais e a sinalização no chão. Sabíamos que existia, mas que estava apenas coberto. Agora vai ficar mais visível. E o nome dele vai ficar mais relevante e ser lembrado”.

Joffre Mozart Parada é considerado o primeiro engenheiro a pisar em Brasília em 1955. Além de definir o marco zero da capital, ele também foi prefeito do que hoje é o Núcleo Bandeirante, assinou o projeto de urbanização do Gama, trabalhou na Comissão de Cooperação para a Mudança da Capital Federal e fez o levantamento das áreas de cada fazenda que foi assentada para ser desapropriada para que hoje vigorasse a capital federal.

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Fonte: Nacional

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Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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