Às vésperas da entrada do Irã no Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o vice-ministro das Relações Exteriores, Ali Bagheri, afirmou que o país e o bloco “trabalharão para pôr fim à dominação do dólar americano nas transações comerciais, econômicas e financeiras”.
“Colaboramos com os Brics para expandir seus Estados membros, que atualmente incluem Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já elaboramos planos para atividades econômicas com os parceiros”, acrescentou Bagheri, citado pela TV estatal.
“Como sabem, a marca da política externa do governo que presidi durante alguns dias difere em muitos casos da do governo anterior”, disse o presidente Argentino Javier Milei, em carta enviada aos presidentes dos países-membros dos Brics.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.