A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), atual chefe do Banco dos “Brics”, se reuniu com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em São Petersburgo, nesta quarta-feira (26). O encontro aconteceu durante a 2ª Cúpula Rússia-África no país, onde Dilma também tem marcado na agenda oficial, uma reunião com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa.
DILMA RECEBIDA POR PUTIN EM SÃO PETERSBURGO 🇷🇺🇧🇷🇨🇳🇮🇳🇿🇦 O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco multilateral criado pelos países BRICS, não está a considerar novos projectos na Rússia, uma vez que opera de acordo com as restrições impostas nos mercados financeiros e de… pic.twitter.com/f4h9ohHccE
Dilma assumiu a liderança do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento) em março, com o objetivo de expandir e fortalecer o banco. A ex-presidente do Brasil, também tenta promover a ideia de que os membros possam realizar transações em suas moedas locais.
“Não tem nenhuma justificativa para que os países em desenvolvimento não possam estabelecer entre si troca em moeda local. A nossa estratégia 2022-2026 estabelece que 30% das nossas captações têm de ser em moeda local”, disse.
Um dos grandes desafios de Dilma no comando do bloco está relacionado diretamente à situação da Rússia, que enfrenta sanções internacionais e uma intensa pressão diplomática e financeira por parte dos Estados Unidos e da Europa, após invasão da Ucrânia.
Moscou alega que as sanções não estão afentando a economia do país e que tem conseguido sobreviver às tentativas de asfixia. Tudo isso, “graças às suas relações com a Ásia e os demais países dos Brics”. Putin ressaltou que os “membros dos Brics não são inimigos de ninguém” e que “o dólar” tem sido usado como “instrumento político”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.