Fernado Sabag Montiel, autor do atentado a vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, disse durante audiência feitas à imprensa que agiu sozinho e que não se arrepende do crime. A declaração é a primeira desde que foi preso pela tentativa de assassinato Kirchner, no dia 1º de setembro, enquanto ela cumprimentava pessoas que faziam manifestações de apoio. Na ocasião, ele tentou disparar um revólver no rosto de Kirchner, mas a arma falhou.
Segundo Montiel, o nervosismo fez com que a arma falhasse. “Em vez de tirar a trava, imagina o nervosismo de estar em um lugar e de puxar o ferrolho, puxei o trinco para trás e quando apertei o gatilho não saiu porque no meio de tanto tumulto, eu estava nervoso”. Segundo ele, o revolver continha cinco balas.
Montiel ainda afirma que não se sente arrependido do crime, reforçando que fez isso “por causa da situação do país”. Na ocasião, ele se misturou entre grupos de apoiadores de Kirchner, dias antes de ela ser condenada pelo Ministério Público por corrupção.
O autor ainda diz que a ação foi solo, na tentativa de inocentar a namorada Brenda Uliarte, que está presa pela tentativa de homicídio. “Brenda Uliarte não teve nada a ver com isso”.
Um amigo do casal, Nícolas Carrizo, que também foi preso, é líder da “banda de los copitos”, que são vendedores ambulantes de algodão-doce, serviço que o casal diz exercer. O caso ainda segue em investigação antes do julgamento.
O procurador do caso, Carlos Rívolo, fez a solicitação de novas análises do celular de Montiel, ao qual o conteúdo parece ter sido apagado por engano nas primeiras perícias da polícia.
Cristina Kirchner pediu à Justiça que investigue quem foi o mandante do crime, uma vez que ela acredita que Montiel foi apenas um executor do serviço que recebia ordens.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.